Brasil

Marin pagará US$ 200 mil para manter prisão domiciliar

O ex-presidente da CBF conseguiu um novo acordo com a Justiça dos EUA para permanecer em prisão domiciliar


	José Maria Marin, ex-presidente da CBF: defesa de Marin tentava costurar esse acordo desde novembro
 (Rafael Ribeiro/CBF)

José Maria Marin, ex-presidente da CBF: defesa de Marin tentava costurar esse acordo desde novembro (Rafael Ribeiro/CBF)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 18h12.

Nova York - O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, conseguiu nesta quinta-feira um novo acordo com a Justiça norte-americana para permanecer em prisão domiciliar em Nova York. A promotoria aceitou que seja feito um depósito de US$ 200 mil em espécie (cerca de R$ 800 mil), até 12 de fevereiro, como alternativa à carta de crédito no valor de US$ 2 milhões que deveria ter sido entregue no dia 15 de janeiro.

A decisão precisa ser homologada pelo juiz Raymond Dearie, do Tribunal de Nova York, o que deve ser feito ainda nesta quinta-feira. Para Marin, o acordo representa um alívio financeiro, já que o deposito de US$ 200 mil equivale ao valor que o cartola pagaria em juros pela carta de crédito.

Em documento ao juiz Dearie, o advogado do cartola, Charles Stillman argumenta que "à luz das condições econômicas no Brasil, (a carta de credito) tem provado ser impossível".

Além disso, a burocracia na obtenção do documento também foi um argumento apresentado pelo advogado em carta enviada à promotoria e ao juiz Dearie em janeiro deste ano.

A defesa de Marin tentava costurar esse acordo desde novembro, quando o cartola foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos, sob as acusações de fraude, conspiração e lavagem de dinheiro.

Para permanecer em prisão domiciliar, o ex-presidente da CBF já tinha dado como garantias seu apartamento em Manhattan, avaliado em US$ 3,5 milhões, e um depósito de US$ 1 milhão em espécie. A carta de crédito era o último elemento do acordo que ainda estava pendente.

Marin também arca com todos os custos das câmeras de vigilância em sua prisão domiciliar e vem sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. A próxima audiência do ex-presidente da CBF está marcada para o dia 16 de março.

Acompanhe tudo sobre:CBFEstados Unidos (EUA)JustiçaPaíses ricos

Mais de Brasil

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final

Aliança Global contra a Fome tem adesão de 41 países, diz ministro de Desenvolvimento Social

Polícia argentina prende brasileiro condenado por atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado