Recife - A vereadora Marília Arraes (PSB), prima do candidato Eduardo Campos que havia rompido com o partido e foi para as ruas fazer campanha ao lado do candidato da oposição apoiado pelo PT, Armando Monteiro (PTB), emitiu nota oficial na tarde desta quarta-feira, 13, em que disse que as discordâncias políticas nunca afetaram a relação familiar e lembrou que a morte no mesmo dia que morreu o avô, Miguel Arraes, em 2009, torna a dor "insustentável".
"Eduardo morreu em um dia que já era muito doloroso para todos nós, porque é aniversário da morte de meu avô Miguel Arraes. Agora, a dor se tornou insustentável", diz Marília na nota.
"Eduardo é o meu primo mais velho, uma pessoa muito querida por mim, alegre, saudável e que amava viver. Apesar de discordarmos politicamente nos últimos tempos, mantínhamos o nosso relacionamento familiar preservado. Sempre deixei claro que qualquer divergência seria menor do que os laços que nos uniriam para sempre - tanto com ele, quanto com qualquer familiar tão próximo. Isso porque, desde cedo, aprendemos a separar os assuntos políticos dos familiares", escreveu a vereadora.
Marília Arraes não se pronunciou sobre sua decisão de apoiar o candidato do PTB. Seu rompimento com o primo e ex-governador ocorreu por causa do controle do PSB em Pernambuco.
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1. Vida política
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1/10 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
São Paulo -
Eduardo Campos nasceu em uma das famílias mais influentes do Brasil. E faleceu buscando o compromisso maior com a vida política: a presidência do Brasil. O candidato morreu nesta quarta-feira aos 49 anos. Ele estava
no jatinho que caiu nesta manhã em Santos. Veja nas fotos a seguir os principais momentos de sua vida.
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2. Início
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2/10 (Evaldo Costa/Flikr)
Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em Recife, Pernambuco, em 10 de agosto de 1965. Filho do escritor Maximiano Campos e da atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes e neto de Miguel Arraes, Campos nasceu em uma família de políticos. Em 1990, começou sua carreira política oficialmente ao ser eleito deputado estadual pelo
PSB.
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3. Família política
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3/10 (Alexandre Belem/JC Imagem)
Em 1986, envolveu-se na campanha para governador do avô, Miguel Arraes. Miguel Arraes foi um importante político brasileiro, tendo sido deputado estadual e governador do estado do
Pernambuco três vezes. Arraes passou 15 anos exilado por conta da ditadura. Em 1994, Campos integrou o governo de Arraes, onde ocupou o cargo de secretário da Fazenda de Pernambuco entre 1995 e 1998.
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4. Ministro do governo Lula
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4/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Após três mandatos como deputado federal, Campos assumiu, no início do governo
Lula, de 2003 a 2005, o cargo de Ministro da Ciência e Tecnologia. No mesmo ano, assume a presidência nacional do PSB.
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5. Governador
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5/10 (Wikimedia Commons)
Em 2006, foi eleito
governador de Pernambuco com mais de 60% dos votos válidos. Em 2010, foi reeleito com a maior porcentagem dos votos válidos de todo o Brasil: 83%.
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6. Parceria com Lula e Dilma
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6/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Em 2009, Campos integrou a campanha da eleição de
Dilma Rousseff. Em 2010, chegou a afirmar que apoiaria a presidente em 2014, mas, desde 2013, vinha dando sinais de rompimento com o rumo político que o governo tomava.
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7. Campanha para a presidência
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7/10 (Antonio Cruz/ABr)
Em abril deste ano, Eduardo Campos deixou o cargo de governador do Pernambuco para concorrer à Presidência do Brasil pelo PSB, ao lado de
Marina Silva. Campos e Marina estavam em 3º lugar na corrida eleitoral para a presidência da República.
O futuro da campanha ainda é incerto.
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8. Suassuna
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8/10 (Divulgação/ Flickr Eduardo Campos)
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9. Mãe
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9/10 (Roberto Pereira/Divulgação)
Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, também seguia a veia política da família. Membro do PSB desde 1990, foi eleita Deputada Federal em 2006. Em 2010, foi reeleita, mas deixou o cargo em 2011 para ocupar a cadeira de Ministra do Tribunal de Contas da União.
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10. Família
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10/10 (Divulgação/Facebook/Eduardo Campos)
Eduardo Campos deixa a esposa, Renata Campos, e cinco filhos. O mais novo integrante da
família, Miguel, nasceu em janeiro deste ano. Triste coincidência, ele morreu no mesmo dia que o avô, de quem herdou a veia política: 13 de agosto de 2005.