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Marco Regulatório do Transporte de Carga pode ser votado na próxima semana

Um dos pontos mais polêmicos marco regulatório, o que concede anistia aos caminhoneiros multados na greve do setor, foi transformada em medida provisória

Caminhoneiros: entre os pontos da proposta, está o aumento da pontuação máxima na carteira de motorista da categoria (Ricardo Moraes/Reuters)

Caminhoneiros: entre os pontos da proposta, está o aumento da pontuação máxima na carteira de motorista da categoria (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de junho de 2018 às 19h04.

Brasília - O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), relator do projeto que cria o marco regulatório do transporte de cargas, afirmou que a proposta está prevista para ser votada na próxima terça-feira, 19, após uma reunião de líderes da Câmara dos Deputados.

O líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), diz que o partido trabalha para que a proposta seja aprovada o mais rápido possível. "Existe um entendimento para votar semana que vem. O texto já foi bastante modificado atendendo a reivindicações de deputados. No MDB, o deputado Osmar Terra (RS) está debatendo com o relator alguns itens. Mas a tendência é pela aprovação", afirmou o emedebista.

Entre os pontos da proposta, está o aumento da pontuação máxima na carteira de motorista dos caminhoneiros (de 40 para 20 pontos, exceto quando houver infrações graves ou gravíssima), além da obrigatoriedade de que escritórios de agenciamento de cargas possuam ao menos 11 caminhões em sua frota. Ele diz que não abrirá mão "em hipóteses" desses trechos do projeto.

Um dos pontos mais polêmicos marco regulatório, o que concede anistia aos caminhoneiros multados na paralisação do setor, foi transformada em medida provisória após acordo com o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Essa foi uma exigência do Maia para tirar do projeto, e eu tirei. Mas eu fiz uma emenda, de igual teor, e coloquei em uma MP", afirmou Marquezelli.

Apesar da previsão de Marquezelli, Maia relatou ontem dificuldades para se votar, na Casa, o marco regulatório. Segundo ele, o texto ainda não foi votado no plenário porque "a cada hora aparece um problema".

Na última terça-feira, 12, a Coluna do Estadão noticiou que Marquezelli é dono de uma frota de 120 caminhões e que sua empresa faz a distribuição de produtos da Ambev.

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