Marco Aurélio Mello: "penso que todo e qualquer cidadão, independentemente de cargo ocupado, deve ser julgado pelo juiz de primeira instância" (José Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2016 às 23h38.
São Paulo - O ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal afirmou nesta noite ser contra o conceito de foro privilegiado, por ele não ser republicano.
"Sou de concepção democrata, penso que todo e qualquer cidadão, independentemente de cargo ocupado, deve ser julgado pelo juiz de primeira instância, como ocorre nos Estados Unidos."
Apesar da opinião emitida, o ministro disse não ver o foro como privilégio, já que a pessoa julgada perde instâncias às quais recorrer. O ministro defendeu a evolução das instituições brasileiras, entre elas o Judiciário. E disse que, mesmo com a lentidão, o STF mantém a equidistância das partes interessadas em casos que analisa.
"Por que a cadeira é vitalícia? Porque atuarmos com absoluta equidistância", afirmou ao rebater a afirmação do ex-presidente Lula em grampos divulgados - na opinião do ministro de forma equivocada - de que o Supremo estaria 'acovardado'. O ministro participa do programa Roda Viva da TV Cultura.