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Marco Aurélio critica gestão de Barbosa no STF

Ministro disse que espera que a gestão de Lewandowski seja "uma época de diálogo maior"


	Os ministros Joaquim Barbosa (frente) e Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal
 (José Cruz/ABr/Agência Brasil)

Os ministros Joaquim Barbosa (frente) e Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (José Cruz/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 11h59.

São Paulo - Ao comentar a posse de Ricardo Lewandowski como novo presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio Mello criticou o antigo colega Joaquim Barbosa, último a presidir a corte.

Marco Aurélio, um dos mais antigos integrantes do Supremo, disse à Rádio Estadão que espera que a gestão de Lewandowski seja "uma época de diálogo maior".

"Diálogo que não tivemos na gestão imediatamente anterior ante os inúmeros atritos surgidos com segmentos da magistratura, Ministério Público, Defensoria e os demais poderes", afirmou Marco Aurélio, que discursa na posse marcada para a tarde desta quarta-feira, 10.

Sobre a gestão de Barbosa, Marco Aurélio admitiu que a maneira como o antigo colega conduzia as sessões atrasava o andamento dos processos.

"As sessões ficaram um pouco mais demoradas pelos incidentes verificados e as discussões por vezes descambaram para um campo que não é o do Supremo".

Questionado sobre o processo do mensalão, quando Barbosa e novo presidente da Corte travaram vários embates, Marco Aurélio disse que "a história fará justiça aos votos proferidos pelo ministro Ricardo Lewandowski".

"O que não dá é para partir para a intolerância ou não aceitar o entendimento diverso do colega", afirmou Marco Aurélio Mello.

O ministro falou sobre o papel do presidente da Corte e disse que notou, nas últimas semanas, período em que Lewandowski liderou o Supremo interinamente, uma maior produção no plenário.

Na opinião de Marco Aurélio, Lewandowski deve reformular o papel do Conselho Nacional de Justiça para que ele deixe a função de "simples corregedoria" e passe a programar "o Judiciário que queremos".

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