Brasil

Marcelo Freitas, do PSL, será relator da Previdência na CCJ da Câmara

Estreante na Câmara dos Deputados, Marcelo Freitas, 43 anos, é delegado da Polícia Federal e doutor em direito

 (Cleia Viana/Agência Câmara)

(Cleia Viana/Agência Câmara)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 28 de março de 2019 às 17h11.

Última atualização em 28 de março de 2019 às 17h35.

São Paulo — O deputado federal Delegado Marcelo Freitas, do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, será o relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (28) pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e pelo presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR). Os dois fizeram uma reunião nesta tarde para discutir o tema.

"Desde ontem houve um grande entendimento com Rodrigo Maia e com os líderes da Câmara de que daremos total prioridade para a tramitação da reforma. Agora, com certeza, os ânimos estão acalmados com o trabalho muito eficiente da nossa equipe política e econômica", afirmou Francischini, em entrevista coletiva.

O parlamentar destacou que, na próxima quarta-feira (03), o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparecerá na CCJ para fazer uma apresentação aos deputados e esclarecer dúvidas sobre o texto da reforma.

A visita do ministro estava marcada para a última terça-feira (26), mas ele adiou o encontro. Segundo interlocutores, a ida dele só aconteceria após a escolha do relator — o que aconteceu hoje.

"O relatório [da reforma da Previdência] será emitido após a visita do ministro Paulo Guedes e da nossa reunião com juristas da área de direito constitucional previdenciário", reforçou o parlamento.

Já Onyx negou que a escolha de um relator do PSL poderia trazer conflitos com outros partidos da base aliada. "De forma alguma. O que nós temos hoje é resultado de muito diálogo que o governo construiu. Estamos vendo um deputado de primeiro mandato, que enfrentou com tranquilidade, e esperou o momento em que todos entrassem no consenso de que seria importante que fosse um nome do PSL", explicou.

Além de Francischini e Onyx, participaram da reunião que definiu o nome do relator o delegado Waldir (GO), líder do PSL na Câmara a deputada Bia Kicis (PSL-DF), vice-presidente da CCJ; o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.

A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que o nome foi um consenso e que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi consultado. 

"Havia vários nomes preparados para isso", disse ela, acrescentando, no entanto, que o currículo de Freitas era excepcional. Ela disse ainda que havia opções em outros partidos mas que a decisão se guiou por critérios técnicos.

A CCJ é a primeira fase para a aprovação do texto. Depois, a proposta passa por uma comissão especial para depois chegar ao plenário da Câmara. Caso seja aprovada, a matéria segue para o Senado.

Quem é Marcelo Freitas

A escolha do relator da CCJ segue o padrão de deputados novatos. Marcelo Freitas, 43 anos, é delegado da Polícia Federal e doutor em direito, no entanto, é estreante na Câmara dos Deputados.

Foi eleito em Minas Gerais com mais de 58 mil votos. Também é conhecido por ter conduzido a prisão do ex-prefeito da cidade mineira de Montes Claros, Ruy Muniz.

Além disso, Freitas chegou a ser cotado para ser o diretor-geral da Polícia Federal no mandato do ex-presidente Michel Temer. Ele ocupava a terceira colocação na lista tríplice, em 2016. Os outros nomes foram o dos delegados Erika Marina e Rodrigo Teixeira.

Uma curiosidade: o deputado federal eleito pelo partido do presidente Jair Bolsonaro chegou a ser convidado pelo deputado estadual petista, Paulo Guedes, a se candidatar pelo partido. Freitas recusou.

(Com Estadão Conteúdo)

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroJair BolsonaroOnyx LorenzoniPSL – Partido Social LiberalReforma da Previdência

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022