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Maranhão barra comissão de Direitos Humanos em presídio

Deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão e integrantes da OAB foram impedidos de entrar no presídio de Pedrinhas


	Detento do presídio de Pedrinhas é escoltado por médicos, guardas e familiares após ficar ferido em briga entre gangues no complexo, em São Luis, no Maranhão
 (REUTERS/Douglas Cunha/O Estado do Maranhao)

Detento do presídio de Pedrinhas é escoltado por médicos, guardas e familiares após ficar ferido em briga entre gangues no complexo, em São Luis, no Maranhão (REUTERS/Douglas Cunha/O Estado do Maranhao)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2014 às 11h48.

São Luís - O governo Roseana Sarney (PMDB) impediu nesta sexta-feira (10) que uma comitiva formada por deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão e integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrasse em um presídio do Complexo de Pedrinhas.

A reportagem presenciou quando um agente penitenciário deteve o grupo e as tentativas da deputada Eliziane Gama (PPS) de conseguir autorização, negada pelo secretário de Administração Penitenciária, Sebastião Uchôa, por mensagem de texto.

Somente no ano passado, 62 presos foram mortos no complexo, ante 4 em 2012. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou pedido de informações ao Maranhão e estuda um pedido de intervenção.

Antes de ser barrado no Presídio São Luís 1, o grupo havia chegado de surpresa e constatado péssimas condições no Centro de Detenção Provisória (CDP).

A negativa à entrada de Eliziane, presidente da comissão e provável candidata de oposição à sucessão de Roseana, ocorre dois dias depois da visita da Comissão de Segurança, presidida por um aliado, o deputado Roberto Costa (PMDB).

Na saída, Costa até elogiou o governo. Na tarde de sexta-feira, um agente afirmou que o grupo só entraria se alguém fizesse "alguma ligação".

"Quer dizer que só pode entrar aliado?", indagou a deputada. "Peço-lhe a compreensão e uma comunicação prévia para realizarmos o plano de segurança", disse Sebastião Uchôa, por mensagem de texto. Na segunda, está marcada a visita da Comissão de Direitos Humanos do Senado a Pedrinhas. 

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