Guido Mantega, ministro da Fazenda (Wikimedia Commons/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 16h17.
Em resposta à ameaça do PMDB de usar o mínimo para pressionar a presidente Dilma Rousseff por cargos no segundo escalão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que não há como autorizar um valor acima de 540 reais:"Se vier alguma coisa diferente, nós vamos simplesmente vetar".
Nesta terça-feira, após um encontro com integrantes da cúpula do partido na capital federal, em que o vice-presidente Michel Temer tentou acalmar os ânimos dos correligionários e prometeu trabalhar para que o partido ocupe o espaço que pleiteia no comando de fundações, secretarias e estatais, o recado da chantagem foi dado pelo peemedebistas.
"Não estamos convencidos de que esse é o valor ideal. Podemos convencer o governo ou ser convencidos. O que nós queremos é que a equipe econômica ouça a base aliada", disse líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves.
O partido queria usar a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados para pressionar o governo, mas o adiamento das negociações para os cargos impediu que o PMDB fizesse isso. A partir daí, a solução do PMDB foi pressionar com a possibilidade de aprovação de um mínimo superior a 540 reais.
Em ano de ajuste fiscal, um reajuste maior do que o previsto pelo governo poderia comprometer as contas públicas. A cada real acrescido ao valor do mínimo, o governo teria de desembolsar mais de 286 milhões de reais neste ano.