Mantega afirmou que o PAC também melhorou a qualidade do crédito oferecido no país (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 13h10.
Brasília - Em seu discurso de balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o programa utilizou vários instrumentos de financiamento para a execução das obras, que não se restringem à infraestrutura. Segundo ele, o crédito, que sempre foi "muito escasso", dificultava o crescimento e consumo. Os investimentos no País, em 2006, quando foi iniciado o PAC, correspondiam a 30% do PIB. Em outubro deste ano, o crédito alcançou 47% do PIB, ou mais de R$ 1 trilhão, disse Mantega.
"Foi um crescimento expressivo do crédito livre e direcionado, sem considerar o mercado de capitais", afirmou. O ministro reforçou que, neste período, também se observou melhora na qualidade do crédito. "O país passou a ter um crédito de longo prazo que viabilizou grandes empreendimentos", disse. "Ao longo desses quatro anos, vários empreendimentos foram viabilizados", acrescentou.
Mantega chamou atenção ainda para a redução das taxas de juros. Ele lembrou que a Selic (a taxa básica de juros da economia) passou de 15% no primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para 10,75% ao ano. Nos últimos quatro anos, o País registrou redução da Selic e das taxas cobradas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que passaram de algo em torno a 12% para de 6% a 7% ao ano, destacou o ministro. Ele também citou a redução da tributação para pequenas e médias empresas.