Medidor mostra o nível da água na represa de Jaguari, da Sabesp, próximo de Santa Isabel (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 23h05.
São Paulo - Entidades ligadas à defesa socioambiental em São Paulo divulgaram nesta terça-feira um manifesto criticando a conduta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) na gestão da crise do Sistema Cantareira.
O texto diz que a "reação do governo estadual tem sido desproporcional à gravidade do problema" e pede "mudanças profundas na abordagem da questão da água, independentemente do calendário eleitoral".
O manifesto foi divulgado ontem em debate sobre a crise promovido pela Rede Nossa São Paulo, pelo Instituto Ethos e pelo Instituto Socioambiental com especialistas no tema.
"As respostas do governo estadual e da Sabesp não têm sido suficientes para esclarecer a população paulistana e demonstrar que as autoridades estão conscientes da gravidade da situação e adotando as medidas que o momento exige, por mais impopulares que possam ser."
O texto diz que "a água potável que abastece São Paulo está acabando" e "a cidade pode ter de enfrentar, em breve, um profundo racionamento".
O grupo apela "ao civismo e espírito democrático" de Alckmin e pede "transparência total nos dados" e a criação de uma comissão com participação da sociedade para discutir ações a serem tomadas.
A presidente da Sabesp, Dilma Pena, foi convidada para o evento, mas não compareceu. A empresa e o governo não se manifestaram.