Cartaz com imagem de Dilma Rousseff em frente ao Congresso Nacional - 29/08 (Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2016 às 15h48.
São Paulo - Durante uma audiência pública sobre a Escola Sem Partido - projeto de lei que visa vetar reflexões críticas em sala de aula - manifestantes realizaram protestos contra o novo governo e a postura do relator do PL, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que votou pelo impeachment.
Os manifestantes afirmam que os gritos de "golpista" foram uma resposta ao "tom autoritário e às falas conservadoras da mesa". Representantes de movimentos estudantis e sindicalistas lideravam o grupo. Por conta do ato dentro na sala de audiência, o parlamentar, que não esconde sua resistência com a aprovação da matéria, suspendeu a sessão.
Munidos de cartazes com os dizeres "Vergonha Alheia! Cristovam golpista e traidor" e "Cristovam golpista, vergonha do DF", os manifestantes admitiram que a posição do senador no julgamento final de Dilma Rousseff (PT) também contribuiu para o protesto.
Outro lado
Sobre o ocorrido, o senador afirmou que não se sentiu agredido, mas demonstrou ter se incomodado com a situação. "Agredido é uma palavra que depende, tem gente que acha que agressão é só física. Não foi física porque eu fui por dentro deles para ir embora e ninguém tocou em mim”, disse.
O senador afirmou que ao ser chamado de golpita, se lembrou da época que viveu fora do país "para não conviver com golpista", fazendo referência ao período da ditadura militar.
"Como eles achavam que a mesa estava sendo coordenada por um golpista, em homenagem a eles, já que não têm coragem de se exilarem como eu fiz, preferi sair e suspender a sessão”, explicou.
Manifestantes participavam de audiência pública sobre o projeto de Lei Escola sem Partido. Sessão foi suspensa. pic.twitter.com/41cbeUhgbk
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Versão dos manifestantes: "não gostamos do tom autoritário e das falas conservadoras. O chamamos de golpista e Cristovam suspendeu sessão"
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Assessoria de Cristovam Buarque nega rumores de agressão física ao senador.
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Movimentos sociais estão no Congresso e manifestam insatisfação sobre novo governo. pic.twitter.com/sbBegZXAgY
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Cristovam Buarque: "tinham cartazes direcionados a mim. Não sou ditador e chamei para que mostrassem para a TV" pic.twitter.com/6EB4GZGreC
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"Fiquei 9 anos fora do país para não conviver com governo golpista", afirmou Cristovam Buarque pic.twitter.com/sIWrm2s5cs
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