o local, ocupado por cerca de 200 manifestantes, reúne os apoiadores da Operação Lava Jato (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de maio de 2017 às 17h02.
Curitiba (PR) - Ao mesmo tempo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegava ao prédio da Justiça Federal, às 13h50, um Pixuleco, nome dado ao boneco inflável com 20 metros de altura no formato do ex-presidente em uma roupa de presidiário era erguido em frente ao Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico, em Curitiba (PR).
O local, ocupado por cerca de 200 manifestantes, reúne os apoiadores da Operação Lava Jato, ou como se autointitulam, apoiadores do juiz federal Sergio Moro, foi o ponto escolhido pelos movimentos contra corrupção da capital paranaense.
Aos gritos de "Aqui é Curitiba, petista não se cria" e "Nossa bandeira jamais será vermelha", o grupo pretendia permanecer no local até a noite.
A pedagoga e artista plástica Vânia Dalmaz, uma dos coordenadores do Movimento Mais Brasil, disse que o dia é histórico e espera uma punição para Lula e todos os políticos denunciados pela Operação.
"É uma data muito importante, seria um julgamento qualquer, mas essa audiência envolve um ex-chefe da nação, mostra que podemos mudar este país e o juiz Sergio Moro deu início a isso", comentou.
Para a educadora Elizeth de Souza, o fato de Lula estar frente à frente com o juiz Sergio Moro é um fato muito mais que histórico, "simbólico". Para ela, que segurava uma bandeira do Brasil no período monárquico, o sistema deveria mudar também.
"Esse regime de presidencialismo de coalizão leva a todos os partidos se venderem, só se governa comprando outros partidos", disse, sem confirmar sua preferência pela Monarquia.