Protesto em São Paulo contra aumento das passagens do transporte público, na segunda-feira, 17 (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h21.
São Paulo - Cerca de 150 pessoas foram ontem, por volta das 22 horas, protestar na frente do prédio onde mora o prefeito Fernando Haddad (PT), no Paraíso, zona sul da capital paulista.
A manifestação, pacífica, foi acompanhada por quatro viaturas da Polícia Militar. O grupo ficou no local até a meia-noite e não houve confusão.
A manifestação começou quando dezenas de pessoas que já participavam do sexto protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que começou no fim da tarde na Praça da Sé contra o aumento da tarifa de ônibus, desceram a Rua Augusta. Ao chegar ao endereço de Haddad, o bloco ganhou o reforço de vizinhos do prefeito, incluindo moradores do próprio prédio em que ele mora com a mulher e os filhos.
Os manifestantes entoaram palavras de ordem: "Haddad nós paramos a cidade", "Não é só busão, também tem corrupção" e "Brasil, vamos acordar, o professor vale mais do que o Neymar".
Privilégios de políticos, como o uso de passaportes diplomáticos e de jatinhos também foram alvos dos manifestantes, que aproveitaram para pedir cadeia aos condenados no julgamento do mensalão. A assessoria do prefeito informou que ele estava em seu apartamento com a família no horário dos protestos e estaria cogitando cancelar um compromisso na manhã de hoje em Brasília, por causa das manifestações na frente do seu prédio.
Vereadores aliados do prefeito criticaram o protesto nas redes sociais. "É inadmissível que quem lutou por democracia no País permita que o prefeito da cidade - eleito legitimamente - seja chantageado na porta de sua casa por manifestantes", reclamou o presidente da Câmara, José Américo (PT), pelo Facebook.
Em 2011, último aumento do ônibus na gestão de Gilberto Kassab (PSD), manifestantes do MPL também protestaram contra a tarifa na frente do prédio do ex-prefeito, na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima.(Colaborou Rodrigo Burgarelli).