Alerj: o movimento começou no fim da manhã desta terça-feira, 8, em protesto contra o que os servidores classificam de "pacote de maldades" (foto/Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de novembro de 2016 às 18h35.
Rio - Servidores públicos do Estado do Rio começam a deixar a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) após cerca de duas horas e meia de ocupação do prédio.
Os manifestantes deixam o local de mãos dadas, sem tumulto, cantando o hino nacional e aos gritos de "Fora Pezão".
O movimento começou no fim da manhã desta terça-feira, 8, em protesto contra o que os servidores classificam de "pacote de maldades" proposto pelo governo fluminense para combater a grave crise fiscal que levou o Estado a decretar calamidade pública.
"Foi só uma demonstração do que podemos fazer. Temos força. Dia 16, de votação, a gente volta", disse o inspetor penitenciário Antônio de Jesus. O protesto foi convocado pelas redes sociais e liderado por servidores da área de segurança pública. A estimativa dos organizadores é de que cerca de 5 mil pessoas tenham participado do ato, que ao que tudo indica será desmobilizado agora.
No momento mais tenso do protesto os manifestantes tomaram o plenário da Alerj e sentaram na cadeira do presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB).
O grupo ocupou as galerias do segundo andar, de onde o público costuma acompanhar as votações. O gabinete da vice-presidência ficou totalmente destruído.
A intenção é pressionar deputados estaduais a votarem contra o pacote proposto para conter a crise financeira do Estado. As medidas que causaram revolta atingiram inclusive servidores inativos, hoje isentos de contribuição previdenciária, e que passarão a contribuir com 30% de seus salários.