Trecho da BR-163: três pontos de bloqueio que ainda estavam ativos ao na segunda-feira, em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop começaram a ser desmontados (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2015 às 10h20.
São Paulo - Pela primeira vez em duas semanas, a BR-163, principal rodovia de Mato Grosso, amanheceu nesta quarta-feira sem bloqueios, mas os manifestantes consideram a liberação uma trégua provisória.
"Até as 7h44 o Centro de Controle Operacional da Rota do Oeste não registrou nenhuma manifestação ao longo do trecho concedido à concessionária", disse a empresa, em nota.
A interrupção foi classificada como "trégua" por um dos líderes do movimento em Mato Grosso.
"É uma trégua que demos devido a uma reunião que está acontecendo nesta terça-feira em Brasília, com o governo. Dependendo do resultado deste encontro, vamos decidir se o protesto será encerrado ou se vai continuar", disse o empresário do setor de transportes Junior Boscoli, de Lucas do Rio Verde, e que está na capital federal.
Os protestos em diversos pontos da BR-163 começaram em 18 de fevereiro e desde então vinham atrapalhando o escoamento da soja que está sendo colhida e o fornecimento de diesel e outros insumos para cidades e fazendas do norte de Mato Grosso.
Os manifestantes reclamavam do alto custo do diesel e do baixo preço do frete.
O bloqueios chegaram a atingir dezenas de pontos em pelo menos dez Estados país.
Três pontos de bloqueio que ainda estavam ativos ao longo da BR-163 na segunda-feira, em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop começaram a ser desmontados no fim da tarde.
Ainda na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff sancionou sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, que alivia pagamento de pedágio, perdoa multas e promete ampliar pontos de paradas para descanso, numa tentativa de encerrar a greve da categoria que tem bloqueado estradas em todo país há quase duas semanas.
No relatório mais recente divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, na noite de segunda-feira, ainda havia 4 protestos em estradas de Santa Catarina e 12 no Rio Grande do Sul.