Desde que o presidente interino assumiu, diversas manifestações aconteceram pelo país (Roberto Parizotti/ CUT)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2016 às 12h59.
Rio - Começou por volta de 10h30 uma manifestação contra o governo do presidente em exercício Michel Temer, nas imediações da igreja da Candelária, no Centro do Rio, com a participação de movimentos sociais e sindicais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União da Juventude Socialistas (UJS). Os deputados federais Chico Alencar (PSOL-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também estão no ato.
O protesto, intitulado "Temer, jamais: resistir nas ruas por direitos", foi convocado pelas redes sociais. Até o início da manhã, 9,5 mil pessoas haviam confirmado presença, na página do evento no Facebook. Os manifestantes ainda estão concentrados na praça em frente à Candelária, mas sairão em marcha até o Palácio Capanema, sede do Ministério da Educação e de órgão do Ministério da Cultura no Rio, onde artistas e ativistas do setor cultural fazem uma ocupação.
Segundo Vitor Guimarães, coordenador do MTST no Rio e integrante da frente Povo Sem Medo, que reúne cerca de 30 movimentos sociais, há mobilizações também em São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais. "Em uma semana, eles (o governo Temer) foram capazes de retroceder 30 anos em direitos civis", afirmou Guimarães, na concentração do protesto.
No Rio, os organizadores do ato pretendiam protestar no mesmo dia da inauguração do primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), construído como parte do projeto de revitalização da zona portuária - mas o evento foi adiado pela Prefeitura.
Em discurso, o deputado Alencar disse que a sigla do VLT deveria ser lido ao contrário: "trabalhador na luta vence". "Fora, Temer, farsante e golpista", disse Alencar ao microfone do carro de som contratado pelos organizadores do ato. Tanto Alencar quanto Jandira foram aplaudidos pelos manifestantes ao terem seus nomes anunciados.