Manifestante segura cartaz em frente ao prédio onde mora o governador Sergio Cabral, no Rio de Janeiro: o grupo espera receber também o apoio de moradores da favela da Rocinha, que farão um protesto no fim da tarde. (REUTERS/Pilar Olivares)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 13h57.
Rio de Janeiro – Cerca de 20 pessoas, a maioria estudantes, segue acampada próximo ao prédio onde mora o governador do Rio, Sérgio Cabral, na esquina da Avenida Delfim Moreira com a Rua Aristides Espíndola, no Leblon, zona sul da cidade. Segundo os manifestantes, o protesto, que começou no fim da tarde da última sexta-feira (21), só vai terminar quando o governador der explicações sobre os gastos com a Copa do Mundo e o transporte público.
Policiais do 23º Batalhão da Polícia Militar (PM) continuam com o esquema de segurança, isolando todo o quarteirão. Quatro viaturas da PM permanecem no local. Guardas municipais e agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) auxiliam o trânsito na região.
O grupo está acampado em cinco barracas e recebe doações de água e alimentos dos moradores. Alguns motoristas que passam pelo local buzinam e gritam palavras de apoio aos manifestantes. De acordo com um integrante do grupo que não quis se identificar, uma pauta de reivindicações foi elaborada e será entregue ao governador.
"Temos recebido o apoio de moradores e até dos policiais. Estamos aqui de forma pacífica. Queremos o debate, a discussão de ideias. É uma pena termos que ficar aqui até agora sem receber uma única satisfação por parte do governo", disse o manifestante.
O grupo espera receber também o apoio de moradores da favela da Rocinha, que farão um protesto no fim da tarde e prometeram se juntar ao grupo que está próximo à casa do governadaor.
A única ocorrência policial registrada durante o protesto foi a prisão de um motorista que avançou o bloqueio da CET no último sábado (22). Ele foi levado para a delegacia do Leblon e preso por embriaguez ao volante e injúria por preconceito. O homem foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal, mas se recusou a fazer exame de verificação de embriaguez. Ele pagou fiança e foi liberado.