Brasil

Manifestantes agridem sociólogo que os chamou de "golpistas"

O sociólogo Ricardo Santana Reis foi atingido por duas garrafas ao chamar de "golpistas" os manifestantes que pedem impeachment


	Manifestação pede impeachment de Dilma
 (Oswaldo Corneti/Fotos Públicas)

Manifestação pede impeachment de Dilma (Oswaldo Corneti/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 17h23.

Rio - O sociólogo Ricardo Santana Reis, funcionário da estatal Eletronuclear, foi atingido por duas garrafas de água mineral ao chamar de "golpistas" e "milicos" os manifestantes que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em protesto na Candelária (centro). 

As garrafas foram jogadas por Rodrigo Brasil, empresário e fundador da página de facebook "Revoltados Online". Quase todos os manifestantes vestem camisas com as cores verde e amarela.

O protesto, que começou com seis pessoas, ganhou adesão de duas senhoras, uma delas a aposentada Dircea de Souza, de 65 anos. Sobre a baixa adesão, Dircea disse que "as pessoas estão trabalhando" e não puderam comparecer.

O protético Eron Melo, famoso pela presença em manifestações de rua desde 2013, vestido de Batman, levou uma faixa com a inscrição "Fora Dilma - 15/03 Copacabana", em referência às manifestações programadas para o próximo domingo.

O policiamento está reforçado na região, com quatro ônibus da Policia Militar (PM) estacionados no entorno da Candelária.

Representante do movimento União Contra a Corrupção (UCC), o técnico de segurança do trabalho Maicon Freitas, de 32 anos, discursou e conclamou os presentes a "tacarem ovos" nas pessoas que participarem das manifestações em defesa de Dilma, organizadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), marcadas para a próxima sexta-feira, 13. "Dia 13 pode ser que as mariquinhas, as baratas vermelhas estejam nas ruas", disse Freitas.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasImpeachmentMetrópoles globaisPolíticaRio de Janeiro

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final