Médicos nas ruas: manifestações estão dentro do direito democrático, afirmou o secretário-extraordinário de segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça (Tânia Rêgo/ABr/Abril)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 12h47.
Costa do Sauípe - Representantes de segurança do governo brasileiro e do comitê organizador para a Copa do Mundo de 2014 admitiram nesta quarta-feira que há preocupação com atos violentos originados em meio às manifestações populares, que não serão proibidas nas cidades que receberão o torneio.
"Estamos preocupados com a coibição das manifestações violentas nas manifestações. As manifestações estão dentro do direito democrático e nós, das forças de segurança, estamos aqui para garantir este direito", afirmou o secretário-extraordinário de segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça, Andrei Augusto Passos Rodrigues.
Segundo o representante do governo, há um trabalho concreto para a criação de um protocolo de ações para controlar as atividades mais violentas, a partir da atuação dos meios de segurança, inclusive, com maior uso dos aparatos dos serviços de inteligência.
"Foi realizado seminário de gestão em que colhemos propostas. Agora mesmo há um evento com polícias de Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, que estão trabalhando exatamente no contexto de definir protocolo de atuação, para que isso seja difundido a todas as cidades-sedes", explicou Andrei.
Segundo o secretário, a organização e o governo consideraram exitoso o trabalho feito durante a Copa das Confederações, em meados deste ano, considerado o grande evento-teste para a Copa do Mundo.
"Houve dia em que estiveram um milhão de pessoas nas ruas, com 55 mil policiais atuando. Felizmente, neste dia não houve qualquer pessoa ferida, nem atraso ou problema nos jogos, ou qualquer interferência na chegada dos torcedores", garantiu.
Segundo programa oficial da Fifa, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, participaria da coletiva de hoje, mas devido a um evento no Congresso, foi obrigado a cancelar sua presença.