Brasília - A Arena das Dunas, em Natal, será palco de quatro partidas da primeira fase da Copa do Mundo.
Segundo o Ministério do Turismo, 172 mil visitantes devem visitar a capital potiguar durante esse período.
Planos de contingência para acidentes e ocorrências envolvendo agentes químicos, biológicos e nucleares já foram desenvolvidos, mas o que tem preocupado as equipes de saúde é a possibilidade de protestos violentos durante o Mundial.
“Estamos preocupados com as manifestações contra a Copa, algo que outros estados estão vivenciando”, disse a coordenadora de Urgências e Emergências da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Rio Grande do Norte, Narielly Galvão.
Segundo ela, nesse tipo de evento, abuso de álcool, pequenos traumas e torções são os casos mais esperados.
Nas proximidades da Arena das Dunas e da Fifa Fan Fest, as unidades básicas de Saúde da Candelária e de Brasília Teimosa funcionarão com horário estendido, das 7h às 22h.
Um posto médico avançado será montado em terreno ao lado da Fan Fest, na Praia do Forte, e vai funcionar durante todo o Mundial, das 10h às 22h.
Uma unidade de suporte avançado, considerada UTI móvel, duas ambulâncias de suporte básico e uma unidade especial para incidentes com agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares ficarão perto do estádio.
Nos dias de jogos, as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) serão mobilizadas três horas antes das partidas e permanecerão de prontidão até três horas depois do final das competições.
Segundo a secretária adjunta de Atenção Integral à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Natal, Márcia Pellense, a unidade de Pronto-Atendimento Cidade Esperança, perto da arena, vai reforçar o atendimento nos casos de trauma e o Samu terá dez ambulâncias de suporte básico e quatro de suporte avançado para atender a ocorrências da Copa.
“Se o paciente tiver plano de saúde, será encaminhado para um hospital da rede privada.”
A unidade de referência para grandes traumas é o Hospital Estadual Walfredo Gurgel, a 5 quilômetros da Arena das Dunas.
O hospital terá um centro de gerenciamento de crises, com profissionais preparados para realizar a triagem dos atendimentos, recrutar reforços e enviar comunicados aos órgãos competentes.
O pronto-socorro poderá receber até 50 pessoas além de sua capacidade diária de 300 pacientes.
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) montará oito postos médicos na Arena das Dunas e terá 150 profissionais de saúde entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e socorristas para fazer o atendimento de emergência.
“Nossa equipe ainda contará com grupo médico de campo, fisioterapia para árbitros e equipes volantes de socorristas que portarão pranchas rígidas, desfibriladores e bolsas de primeiros socorros para dar cobertura total aos espectadores nos dias de jogos”, informou a assessoria da Fifa, em nota.
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1. Público X Privado
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1/12 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)
São Paulo - Faltando nove meses para a abertura da
Copa do Mundo de 2014, já se pode dizer que a conta do evento pesou mesmo é no bolso dos brasileiros, apesar de promessas em contrário: de cada R$ 10 gastos nos
estádios do Mundial
, R$ 6 são dinheiro público. Do orçamento total de R$ 8 bilhões das 12 arenas, R$ 4,8 bilhões saíram dos cofres do governo. Só o de Brasília, Mané Garrincha, custou 1,43 bilhão de reais, tendo como principal companhia outro bilionário, o
Maracanã. Apenas três estádios foram completamente financiados sem recursos dos governos estaduais. O governo federal até que não gastou diretamente, mas ajudou com vários incentivos. Um dele é o programa de financiamento do
BNDES, que liberou R$3,8 bilhões; o outro é Recopa, regime especial que desonerou a contratação de serviços e a compra de equipamentos de impostos federais como IPI, PIS/Pasep, entre outros.
Clique nas fotos para conferir levantamento de EXAME.com feito com a ajuda do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), que mantém o
Portal 2014.
*Atualizada no dia 13/9 para mudança dos valores da Arena Fonte Nova, que não contou com recursos públicos em sua construção.
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2. Mané Garrincha (Brasília) - R$1,43 bilhão
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2/12 (Mateus Baeta/ Portal da Copa)
Valor total: R$ 1,43 bilhão
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 1,43 bilhão
Entregue em maio de 2013 A obra foi a única a não solicitar o financiamento do BNDES. A viabilidade financeira ocorreu por meio de recursos da Terracap (agência imobiliária pública controlada pelo Distrito Federal e pela União), oriundos da venda de terrenos de propriedade do governo.
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3. Maracanã (Rio de Janeiro) - R$ 1,19 bilhão
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3/12 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)
Valor total: R$ 1,19 bilhão
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 1,19 bilhão
Entregue em abril de 2013 A obra de reforma do Maracanã foi feita inteiramente com recursos públicos. Os R$ 1,19 bilhões gastos na obra foram viabilizados pelo governo estadual via financiamento do BNDES (R$ 400 milhões) e o restante veio diretamente do caixa do Tesouro Estadual do Rio de Janeiro.
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4. Arena da Amazônia (Manaus) - R$ 605 milhões
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4/12 (REUTERS/Bruno Kelly)
Valor total: R$ 605 milhões (previsto)
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 605 milhões
Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra está sendo paga pelo governo do Amazonas, que captou parte do valor - R$ 388,1 milhões - através de financiamento do BNDES.
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5. Arena Pantanal (Cuiabá) - R$ 537,5 milhões
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5/12 (Portal da Copa)
Valor total: R$ 537,5 milhões (previsto)
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 537,5 milhões
Previsão de conclusão: outubro de 2013 A obra foi inteiramente bancada com recursos do Governo do Mato Grosso, sendo que R$ 337,9 milhões foram captados via financiamento do BNDES.
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6. Castelão (Fortaleza) - R$ 518 milhões
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6/12 (Portal da Copa)
Valor total: R$ 518 milhões
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 518 milhões
Entregue em dezembro de 2012 O Castelão foi o primeiro estádio da Copa a ser entregue. A obra foi inteiramente financiada pelo governo do Ceará, que conseguiu financiamento do BNDES de R$ 351,5 milhões. Os outros 167 milhões são oriundos do Tesouro Estadual. A operação do estádio é feita pelo Consórcio das empresas Galvão Engenharia e Andrade Mendonça.
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7. Arena da Baixada (Curitiba) - R$ 131 milhões
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7/12 (Portal da Copa)
Valor total: R$ 265 milhões (previsto)
Recursos privados: R$ 134 milhões
Recursos públicos: R$ 131 milhões
Previsão de conclusão: dezembro 2013 Os R$ 131 milhões de recursos públicos foram captados via financiamento do BNDES. O empréstimo foi tomado pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) administrado pela agência de fomento estatal. O restante foi bancado pelo Clube Atlético Paranaense.
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8. Arena Fonte Nova (Salvador) - sem recursos públicos
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8/12 (Governo Federal/Portal da Copa)
Valor total: R$ 591,7 milhões
Recursos privados: R$ 591,7 milhões
Recursos públicos: -
Entregue em abril de 2013 O Estádio foi construído pela Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo do Estado da Bahia e a Fonte Nova Negócios e Participações (FNP). A FNP financiou R$ 323,6 milhões com o BNDES. Além disso, um empréstimo no valor de R$ 250 milhões também foi feito pela FNP com BNB (Banco do Nordeste do Brasil). O restante foi adquiridoatravés do Desenbahia – Agência de Fomento do Estado da Bahia.
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9. Arena das Dunas (Natal) - sem recursos públicos
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9/12 (Glauber Queiroz/Portal da Copa)
Valor total: R$ 400 milhões (previsto)
Recursos privados: R$ 400 milhões
Recursos públicos: -
Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra foi quase inteiramente financiada pelo BNDES, que liberou R$ 396,5 milhões ao consórcio OAS Arenas, que será administrador do equipamento por 20 anos. O restante também fica a cargo da OAS.
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10. Beira-Rio (Porto Alegre) - sem recursos públicos
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10/12 (Portal da Copa)
Valor total: R$ 330 milhões (previsto)
Recursos privados: R$ 330 milhões
Recursos públicos: -
Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra está sendo realizada por uma parceria entre o Clube Internacional e a construtora Andrade-Gutierrez. O investimento O Clube aportou parte dos recursos (R$ 26 milhões) e a construtora conseguiu financiamento de R$ 235 milhões via BNDES. Em contrapartida pelo investimento, durante 20 anos, a Andrade Gutierrez, por meio da Sociedade de Propósito Específico, terá direito a explorar todas as novas áreas criadas no estádio.
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11. Arena Pernambuco (Recife) - sem recursos públicos
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11/12 (Portal da Copa)
Valor total: R$ 529,5 milhões
Recursos privados: R$ 529,5 milhões
Recursos públicos: -
Entregue em abril de 2013 O estádio foi construído através de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelas empresas Odebrecht Participações e Investimentos (OPI) e Construtora Norberto Odebrecht do Brasil. A SPE foi concebida para construir e operar a Arena Pernambuco em regime de parceria público-privada (PPP) com o governo estadual. A empresa conseguiu financiar R$ 400 milhões através do BNDES.
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12. Agora, veja exemplos de "legados" que o Brasil não terá
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12/12 (Adidas/Facebook.com)