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Manifestações contra governo Dilma continuam no país

A expectativa é que a concentração na Avenida Paulista aumente no final da tarde desta quarta-feira


	Manifestantes permanecem em protesto na Avenida Paulista
 (Elaine Patricia Cruz/Agência Brasil)

Manifestantes permanecem em protesto na Avenida Paulista (Elaine Patricia Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 18h52.

Brasília - A Avenida Paulista, em São Paulo, continuava bloqueada pelas manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff e contra a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a chefia da Casa Civil.

Por volta das 16 horas, algumas barracas estavam sendo montadas na avenida, de pessoas que prometem acampar no local até a presidente renunciar.

O local de maior concentração dos manifestantes é em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A expectativa é que a concentração aumente no final da tarde desta quarta-feira, 17, quando as pessoas saem do trabalho e podem se juntar aos manifestantes.

O manifestante Bruno Balestrero disse à reportagem que está na Paulista desde as 23h30 de ontem, 16.

"Vim sozinho e me juntei a outras pessoas que não têm partido. Lutamos pela decência na política e exigimos o impeachment ou renúncia de Dilma e a prisão do Lula", afirmou Bruno, que é ator e administrador de empresas, tem 27 anos e afirma trabalhar como autônomo.

Ele acredita que o magistrado está fazendo um trabalho exemplar porque "peitou as ameaças do governo e do PT".

Por volta das 15 horas, terminou em Belo Horizonte o ato contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.

Cerca de 400 manifestantes, conforme a Polícia Militar, fizeram passeata entre a Praça da Liberdade e a Praça Sete, ambas na Região Centro-Sul da capital. Um novo protesto está marcado para a Praça da Liberdade, hoje, às 18h.

Os protestos também ocorrem em Santa Catarina. Oito cidades organizaram protestos contra o governo petista.

Em Florianópolis, oito mil pessoas confirmaram presença para manifestação na Beira-Mar Norte, às 18h. No mesmo horário, terão pessoas reunidas em Blumenau, Joinville, Jaraguá do Sul e Chapecó.

Em Criciúma, o protesto ocorreu de manhã e reuniu menos de cem pessoas.

Congresso

Depois de conflitos durante a manhã e parte da tarde, e de manifestantes contrários e favoráveis ao governo se dispersarem, um grupo de opositores à presidente Dilma volta a se reunir nesta tarde em frente ao Congresso Nacional.

Uma parte do grupo chegou a entrar no espelho d'água em frete ao prédio, mas foi retirado pela Polícia Legislativa.

Até o momento não foi possível observar se apoiadores do governo voltaram para a Esplanada dos Ministérios e o clima segue menos tenso que durante a manhã, quando ocorreu a posse do ex-presidente Lula.

A maioria dos manifestantes está de preto e carrega bandeiras do Brasil. Carros de som também chegaram e tocam músicas de protesto.

Apoio a Lula

Já em Sorocaba, manifestantes em defesa da nomeação do ex-presidente bloquearam a pista sentido São Paulo da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), por volta das 14 horas desta quinta-feira, no km 274, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

O grupo de cerca de 30 moradores de um bairro vizinho à pista, segundo a concessionária Autopista Régis Bittencourt, fez uma barricada de pneus e ateou fogo.

Os manifestantes usaram tinta para escrever no asfalto a frase "não vai ter golpe". O tráfego foi desviado para a pista marginal à rodovia.

De acordo com a concessionária, o protesto durou cerca de 30 minutos e causou três quilômetros de congestionamento no trecho. A Polícia Rodoviária Federal negociou a saída dos manifestantes, que chegaram a se sentar sobre a pista.

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