"Ele não vai levar nada", afirmou Fernando Haddad, que ganhou mais 95 segundos de tempo de propaganda eleitoral com a aliança de Paulo Maluf (Veja/Divulgação/Facebook/Haddad 13/Montagem de EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2012 às 10h26.
São Paulo - O apoio do PP, do deputado Paulo Maluf (SP), ao petista Fernando Haddad na corrida pela Prefeitura de São Paulo não teria ocorrido em troca de nenhum favor político. "Ele não vai levar nada", afirmou nesta quinta-feira (13) o candidato do PT, que ganhou mais 95 segundos de tempo de propaganda eleitoral com a aliança.
A resposta de Haddad foi dada em sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo portal UOL. O petista, no entanto, não mencionou que a aliança eleitoral envolveu a indicação de um apadrinhado de Maluf para o Ministério das Cidades.
Haddad também negou que esteja evitando o confronto com Russomanno, ao ser questionado sobre o líder nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno (PRB). "Fui para o debate com ele, que alegou não conhecer as contas do município", disse. "São Paulo não é para amador", afirmou, referindo-se aos programas de governo do adversário, que qualificou como esboço de que não "revela uma cidade com mais qualidade de vida".
Ao longo do encontro, Haddad classificou a postura do adversário tucano José Serra durante a campanha como "lastimável". "Ele não tem limites", afirmou, em resposta a uma propaganda exibida pela campanha do PSDB que mostra o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, abonando a ida de Haddad para o Ministério da Educação no governo Lula. O petista alegou que cabia a Dirceu, hoje réu no processo do mensalão, assinar as indicações do governo.
Em resposta aos ataques de Serra pela participação da presidente Dilma Rousseff na campanha petista, Haddad rebateu: "Quem pretende ser prefeito da maior cidade do País vai se indispor com a presidente da República?", questionou.
O mensalão também foi citado pelo candidato, que negou qualquer comentário de insatisfação com o julgamento por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Haddad, o julgamento "não veio a calhar para ninguém, muito menos para outros partidos", lembrando os mensalões do PSDB em Minas e do DEM em Brasília.
Entre as críticas à atual gestão, Haddad citou a Controlar, empresa responsável pelo serviço de inspeção veicular ambiental, que, segundo o candidato, "não é bom para o ar, mas deve ser bom para alguém". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.