Pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo: atuação do PT no caso de Marco Feliciano sinaliza que Dilma e partido estão "abrindo mão" de evangélicos (Reprodução YouTube/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2013 às 10h41.
São Paulo – O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, acusou hoje a presidente Dilma Rousseff e o PT de estarem deixando de escanteio a comunidade evangélica, o que pode refletir nos votos da comunidade religiosa.
“Só podemos chegar a uma conclusão: PT e Dilma estão sinalizando que abrem mão da comunidade evangélica nas próximas eleições”, disse o religioso em artigo publicado na Folha de S. Paulo.
Na última eleição presidencial, José Serra e Dilma partiram em busca de apoio dos vários segmentos evangélicos esperando angariar apoio de parte do contingente de 42 milhões de seguidores da religião.
No texto, Malafaia parte em defesa de Marco Feliciano, que vem sofrendo intensas pressões para deixar o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara.
A atuação que parlamentares do PT e de partidos como o PSOL vem dando ao tema é a causa do ranço do pastor, que não vem de agora: na última eleição presidencial e na última corrida municipal, ele declarou apoio ao tucano José Serra.
Na Câmara, os deputados petistas Domingos Dutra e Erika Kokay já procuraram o Ministério Público com representações criminais contra Feliciano.
Ao mesmo tempo, a resistência do pastor no comando da CDHM vem lhe rendendo crescente apoio de parte da comunidade evangélica. "Se ele renunciar à presidência da Comissão dos Direitos Humanos não se reelege nunca mais; se ficar, se reelege com 1 milhão de votos sem sair de casa", chegou a dizer o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha.
Hoje, Malafaia voltou a usar o argumento amplamente divulgado nas redes sociais por evangélicos de que a confusão na CDHM desvia a atenção para a presença de dois parlamentares – José Genoino e João Paulo Cunha – na comissão mais importante da Casa, a de Constituição e Justiça. Ambos foram condenados no julgamento do mensalão.
Sobre Feliciano, Malafaia diz que o crime de opinião não existe mais no Brasil.
“Mas agora querem instaurar a ditadura gay, que, além de perseguir as ideologias políticas, também combate as crenças religiosas”, escreveu.