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Malafaia diz que evangélicos não negociarão "ideologia de gênero"

Ele afirmou que a bancada evangélica não vai apoiar políticos que defendam aborto, casamento gay, legalização das drogas e "ideologia de gênero"

Malafaia: classificou a ideologia de gênero como uma "engenharia do diabo feita para destruir famílias" (foto/Agência Brasil)

Malafaia: classificou a ideologia de gênero como uma "engenharia do diabo feita para destruir famílias" (foto/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 12h19.

Última atualização em 30 de dezembro de 2018 às 16h40.

São Paulo - Em discurso ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito João Doria - ambos cotados para disputar a Presidência da República em 2018 pelo PSDB -, o pastor Silas Malafaia adiantou que a comunidade evangélica não vai negociar princípios e apoiar políticos que defenderem bandeiras como aborto, casamento gay, legalização das drogas e "ideologia de gênero".

"Quem quiser fazer graça na eleição para o politicamente correto, para a ideologia de gênero, casamento gay, legalização das drogas e aborto, vai embora, segue seu caminho", afirmou Malafaia em evento na zona norte da capital paulista que reuniu lideres evangélicos. "Não vamos negociar nossos valores. Não vamos negociar em nenhuma eleição", acrescentou o pastor, que classificou a ideologia de gênero como uma "engenharia do diabo feita para destruir famílias".

Ele foi bastante aplaudido pelos presentes nos momentos em que defendeu os "valores da família".

Alckmin e Doria participaram na manhã desta quinta-feira, 17, de um café da manhã com líderes evangélicos e, na sequência, abriram uma feira de produtos gospel que acontece até sábado no Expo Center Norte, centro de convenções na zona norte da capital paulista. Ambos também acompanharam um culto, onde oraram com as mãos erguidas, tendo a bandeira do Brasil como pano de fundo.

Os tucanos, porém, evitaram se posicionar em relação às bandeiras defendidas pelos evangélicos e citadas por Malafaia. Foi a primeira vez em que o governador e o prefeito dividiram o mesmo palanque desde que Doria intensificou sua agenda de viagens pelo Brasil - o que foi visto por aliados de Alckmin como uma campanha antecipada pelo Palácio do Planalto.

O presidente Michel Temer também era aguardado no evento, mas acabou cancelando sua participação.

Em discurso antagônico ao de Doria, que prega o antipetismo, Alckmin defendeu a "conciliação". "Nós precisamos nos inspirar na igreja. Nos momentos conturbados, a igreja é nosso porto seguro. Precisamos deixar essa divisão de nós contra eles para nos unir em torno de valores. Uma casa dividida não caminha", afirmou o governador, que também destacou a importância da indústria gospel na geração de empregos e o papel social das igrejas evangélicas.

Doria, por sua vez, fez um discurso mais protocolar, no qual exaltou a igreja, disse que o "bem sempre vai prevalecer sobre o mal" e defendeu a religião como saída ao vício das drogas. Concluiu sua fala dizendo que "feliz é a nação que tem Deus no coração". Tanto Doria quanto Alckmin deixaram o local sem falar com a imprensa.

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