Dilma Rousseff: presidente afirmou que governo federal investiu R$ 90 bilhões em mobilidade durante sua gestão, mas deve aplicar mais recursos no setor (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2013 às 16h03.
Belo Horizonte - Menos de 24 horas depois de sair de mais agenda oficial em Minas Gerais, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira, 24, que voltará a Belo Horizonte "daqui a uns dias" para fazer novos anúncios de investimentos.
Na quarta-feira, 23, Dilma esteve na cidade para cumprir, em menos de três meses, sua oitava agenda oficial no estado, principal reduto eleitoral do senador Aécio Neves (PSDB-MG), possível adversário da petista na disputa presidencial de 2014.
Dos oito eventos oficiais, quatro foram na capital, onde não poupou afagos ao prefeito Marcio Lacerda (PSB), amigo de Aécio mas correligionário do também presidenciável Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional socialista.
Em entrevista concedida nesta quinta à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, Dilma afirmou, ao comentar o pacto da mobilidade urbana que o governo federal adotou após as manifestações de junho, que voltará à cidade para anunciar investimentos no metrô da capital, reivindicação antiga e ignorada por sucessivos governos.
Dilma afirmou que o governo federal investiu R$ 90 bilhões em mobilidade durante sua gestão, mas deve aplicar mais recursos no setor.
"Fizemos um adicional, reconhecendo que as cidades, principalmente as grandes capitais metropolitanas do nosso País, tinham de receber mais recursos. E o governo federal se dispôs a acrescentar R$ 50 bilhões. Irei a Belo Horizonte para completar esse pacto. Vamos completar o investimento anunciando obras do metrô e outras poderão ser anunciadas, desde que tenham projeto", disse, sem precisar a data da visita.
Para o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, a presidente adotou uma "agenda eleitoral" visando às eleições de 2014 ao invés de cumprir os compromissos do cargo. Ele lembrou que Dilma passou a visitar com frequência Minas Gerais, onde nasceu, após o nome de Aécio ganhar força para a corrida presidencial.
"Ela teve vitória em Minas e não terá mais. Teve vitória em Pernambuco e não terá mais", concluiu Pestana, referindo-se ao resultado das eleições de 2010. Após a visita de quarta-feira, o PSDB também divulgou nota criticando a agenda da petista em Minas, considerada "vergonhosa" pelos tucanos.