Majo Olímpio: o senador criticou a lei eleitoral que estabelece as regras para a distribuição de recursos para campanhas (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 18h31.
Brasília — O senador Major Olímpio (PSL-SP) defendeu que as suspeitas que recaem sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, sobre a suspeita de candidaturas-laranja nas eleições do ano passado, sejam esclarecidas.
"O PSL não compactua com irregularidades. Na minha história de vida, como policial, sei bem o lado da lei. Não quero prejulgar nenhuma situação mas deve ter sim uma apuração rigorosa para ficar tudo muito bem esclarecido. Não quero prejulgar nenhuma situação, mas deve ter uma apuração rigorosa", afirmou.
O senador criticou a lei eleitoral que estabelece as regras para a distribuição de recursos para campanhas. "Essa maldita lei que criou esse fundão da vergonha, que é o financiamento das campanhas eleitorais com a destinação do recurso ao bel prazer do dirigente partidário", afirmou.
O ministro do Turismo é alvo de investigação da Procuradoria Regional Eleitoral sobre candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, quatro candidatas com baixa votação contrataram empresas ligadas a assessores de Marcelo Álvaro. Ele nega.
"Se fizeram esse tipo de destinação de recurso, seja no PSL ou em qualquer partido, prestem atenção. A lei é vaga, faculta ao dirigente partidário fazer a distribuição no volume e para quem entender", disse Olímpio. Para ele está "fácil fazer a investigação do caso para desvio e suposta fraude no PSL em Minas Gerais.
Questionado sobre se Álvaro Antônio deveria ficar no cargo enquanto é investigado, Olímpio afirmou que só fica no cargo "aquele que tem a confiança do presidente". Sobre um desgaste do governo com a situação, Olímpio voltou a dizer que é melhor ter uma apuração rigorosa o mais rápido possível justamente para encerrar o assunto.
"Eu não faço parte de laranjal, não estimulo laranjal. Estamos construindo um grande partido e não vamos permitir qualquer tipo de mácula, mas também não vamos prejulgar qualquer coisa que ainda está em apuração", disse.