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Mais um preso é encontrado morto em Pedrinhas

Mais um preso maranhense foi encontrado morto no interior do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís


	Televisão em cela de preso no Complexo de Pedrinhas, no Maranhão: análise preliminar aponta que preso morreu por enforcamento
 (Divulgação/MInistério Público do Maranhão)

Televisão em cela de preso no Complexo de Pedrinhas, no Maranhão: análise preliminar aponta que preso morreu por enforcamento (Divulgação/MInistério Público do Maranhão)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 10h13.

Brasília - Mais um preso maranhense foi encontrado morto no interior do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA).

O corpo foi localizado, na manhã de hoje (21), na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), mesma unidade onde na última quinta-feira (16) policiais militares impediram uma rebelião.

Em nota, a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informou que Jô de Souza Nojosa foi encontrado no início desta manhã.

Análise preliminar aponta que ele morreu por enforcamento, provavelmente provocado com o uso de uma "teresa" - corda feita com o entrelaçamento de diversos panos ou tecidos desfiados.

Somente após a equipe do Instituto de Criminalística concluir a perícia será possível apontar as circunstâncias da morte.

A secretaria não revelou o crime pelo qual Nojosa foi condenado.

Este é o terceiro detento encontrado morto no interior do complexo penitenciário, o maior do estado e local de onde, segundo as próprias autoridades estaduais, líderes de facções criminosas rivais que disputam o controle do narcotráfico do estado continuam transmitindo ordens aos seus comandados.


A morte ocorreu horas após as primeiras lideranças de facções criminosas que disputam o controle do narcotráfico no Maranhão serem transferidas para presídios federais de segurança máxima.

Por razões de segurança, a Sejap não informou o número, nem o nome dos presos levados para outros estados.

Ontem (20), o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) denunciou sete acusados de organizar e participar do ataque a um ônibus no dia 3 de janeiro, em São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís.

Cinco passageiros do ônibus ficaram gravemente feridos, entre eles a menina Ana Clara Santos Souza, de 6 anos, que teve queimaduras em 95% do corpo e morreu dois dias depois.

Segundo dado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 60 detentos foram mortos em Pedrinhas ao longo de 2012.

Além disso, a superlotação das celas e a infraestrutura precária são alvo das críticas de detentos, parentes dos presos e de organizações de defesa e promoção dos direitos humanos que apontam o fracasso do estado na meta de ressocializar os prisioneiros.

Há poucas semanas, as organizações não governamentais Justiça Global, Conectas e Sociedade Maranhense de Direitos Humanos pediram ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que peça a intervenção federal no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e a transferência da investigação das mortes dos presos da Justiça maranhense para a esfera federal.

Para discutir o assunto, Janot se reúne esta manhã, em Brasília (DF), com representantes das três organizações.

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