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Mais Médicos fazem teste que encerra período de capacitação

Profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo do Ministério da Saúde


	Mais Médicos: profissionais fazem o exame de português e os testes práticos, como o que avalia o desempenho durante a simulação de uma consulta a um paciente
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Mais Médicos: profissionais fazem o exame de português e os testes práticos, como o que avalia o desempenho durante a simulação de uma consulta a um paciente (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 11h52.

Brasília - Aproximadamente 2 mil médicos com diploma estrangeiro, entre eles 180 cubanos, que participam do Programa Mais Médicos fazem, até o fim da tarde desta sexta-feira, o teste que encerra o período de capacitação e avaliação a que são submetidos antes de iniciar o trabalho.

Os profissionais, divididos em grupos, fazem o exame de português e os testes práticos, como o que avalia o desempenho durante a simulação de uma consulta a um paciente.

Ao longo das últimas três semanas, eles tiveram aulas de português e de saúde pública, com ênfase no modelo do Sistema Único de Saúde (SUS). As provas estão sendo aplicadas em quatro capitais - Brasília (DF), Fortaleza (CE), Vitória (ES) e Belo Horizonte (BH) - e o resultado será divulgado no fim da tarde de hoje pelo Ministério da Saúde.

Os deslocamentos dos profissionais aprovados começam amanhã (26) e devem se estender até terça-feira (29). Segundo o ministro da pasta, Alexandre Padilha, que vai recepcionar um grupo de aprovados em Goiânia (GO) na manhã deste sábado, antes de começar o trabalho os médicos vão passar uma semana na capital do estado onde atuarão, para ambientação.

Também existe previsão de recepção de aprovados no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A avaliação feita hoje é a segunda promovida pelo Ministério da Saúde para médicos com diploma obtido no exterior participantes do programa. Como definido desde o lançamento do Mais Médicos, eles ocuparão apenas as vagas remanescentes, não preenchidas por brasileiros, que têm prioridade.


A primeira etapa do programa foi encerrada em 13 de setembro, também com a aplicação de uma prova após três semanas de capacitação. Na ocasião, 682 profissionais, entre os quais 400 cubanos, fizeram a avaliação. Um deles foi reprovado e, consequentemente, desligado do programa. Onze tiveram baixo desempenho e precisaram passar por um curso de recuperação para aprimorar o conhecimento do idioma. Segundo o Ministério da Saúde, todos fizeram nova avaliação, foram aprovados e já estão nos municípios designados.

Segundo a pasta, o Mais Médicos conta com 1.232 profissionais em atividade nos municípios, sendo 748 brasileiros e 484 profissionais com diploma estrangeiro que, até então, atuavam por meio de registro provisório emitido pelos conselhos regionais de Medicina.

Esta semana, a competência para emitir os registros dos profissionais intercambistas foi transferida para o Ministério da Saúde após sanção, na terça-feira (23), da Lei do Mais Médicos, pela presidenta Dilma Rousseff.

A responsabilidade pela fiscalização da atuação dos profissionais foi mantida a cargo dos conselhos. De acordo com a pasta, os médicos contemplados receberão uma declaração provisória até que a cédula de identidade médica fique pronta, em um prazo aproximado de 30 dias. A cédula está sendo produzida pela Casa da Moeda.

Ontem (24), o Ministério da Saúde divulgou a primeira relação de profissionais que tiveram o registro emitido pela pasta. Ao todo, foram 656 médicos, incluindo 180 estrangeiros que ainda estavam impedidos de trabalhar por não ter o documento. Hoje, uma nova lista foi divulgada, com mais 24 profissionais.

O registro autoriza o exercício da medicina, por três anos, exclusivamente no âmbito do programa.

Lançado em 8 de julho pelo governo federal, por medida provisória, o Mais Médicos faz parte de um pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e em unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.

Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo do Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados.

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