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Mais de cem recebem atendimento médico após colisão de trens

Pelo menos 112 pessoas precisaram de atendimento médico, segundo a Supervia

Bombeiros fazem resgate de feridos após colisão entre trens em Mesquita, Rio de Janeiro (Reprodução/Twitter/@GloboNews)

Bombeiros fazem resgate de feridos após colisão entre trens em Mesquita, Rio de Janeiro (Reprodução/Twitter/@GloboNews)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 05h50.

Pelo menos 112 pessoas precisaram de atendimento médico, segundo a Supervia (concessionária de trens que interligam a Região Metropolitana do Rio), depois que dois trens da empresa colidiram, às 20h20 de segunda-feira, na estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense.

A maioria dessas vítimas não tiveram ferimentos, mas descontrole emocional - ficaram nervosas em função do acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos 40 se feriram - as outras foram submetidas a avaliação médica e, após se acalmar, foram liberadas.

Conforme os bombeiros, a maioria daqueles que se machucaram sofreu ferimentos superficiais, mas até o final da noite de segunda-feira não havia informações oficiais sobre o estado de saúde delas. As causas do acidente também não foram esclarecidas.

Os dois trens circulavam pelo ramal que vai da Central do Brasil, no centro do Rio, até Japeri, município da Região Metropolitana. Uma das composições estava parada na estação quando foi atingida pela outra.

As consequências do acidente não foram piores porque, por conta do mau tempo na região, no momento do acidente o trem circulava com velocidade reduzida, de 20 km/h a 30 km/h.

O bancário Thiago Portela, de 28 anos, estava no trem que bateu na outra composição. "Tinha muita gente machucada, sangrando. Teve gente que caiu do lado de fora da plataforma. O outro trem ficou com a frente toda amassada. Teve gente com boca sangrando, com cortes. Era uma cena de guerra. Tinha uma fumaça grande e as pessoas acharam que o trem ia explodir. Parece que eu nasci de novo", contou ao site G1.

A circulação no ramal Japeri foi interrompido devido ao acidente e só deve ser retomada na manhã de hoje, depois que as composições fossem retiradas dos trilhos.

Segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, o veículo que estava em movimento era um trem reformado, com manutenção em dia.

Ele também informou que o condutor dessa composição saltou antes do acidente e não se feriu. Por isso, logo poderá prestar esclarecimentos sobre o acidente.

Atendimento. A maioria dos feridos foi encaminhada ao Hospital Geral de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), conhecido como Hospital da Posse, mas também foram usados hospitais como o Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), e Getúlio Vargas, na Penha (zona norte do Rio). Nenhuma das unidades de saúde haviam divulgado balanço dos atendimentos até a noite de segunda-feira.

A Agetransp, agência reguladora de serviços públicos de transportes do Estado do Rio, instaurou uma investigação para apurar as causas do acidente, além de avaliar o atendimento prestado às vítimas e o procedimento para restabelecer a operação no ramal. A Supervia pode ser punida com multa, se for responsabilizada pelo acidente.

A concessionária divulgou apenas uma nota a respeito: "Às 20h20 desta segunda-feira, um trem que seguia da Central do Brasil para Japeri abalroou outra composição que se encontrava na estação Juscelino. O Corpo de Bombeiros e o Grupamento de Polícia Ferroviária foram imediatamente acionados para prestar o atendimento necessário. Técnicos da Supervia estão no local para apurar as causas do incidente e dar a assistência necessária aos passageiros. Devido a essa ocorrência, a circulação no ramal Japeri encontra-se suspensa. A Supervia prestará todo o atendimento necessário aos passageiros".

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