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Mais de 88 mortes são registradas no Ceará durante motim da PM

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT),declarou, nesta sexta-feira, que já abriu processo disciplinar para a punição dos policiais militares amotinados

Ceará: os policiais e bombeiros militares recusaram acordo proposto pelo governo do estado para encerrar motim (JOÃO DIJORGE/Estadão Conteúdo)

Ceará: os policiais e bombeiros militares recusaram acordo proposto pelo governo do estado para encerrar motim (JOÃO DIJORGE/Estadão Conteúdo)

AO

Agência O Globo

Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 13h21.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2020 às 14h12.

Rio — Em meio a motim da Polícia Militar, o estado do Ceará registrou 88 mortes, segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado. Os números foram contabilizados entre quarta e sexta-feira. Neste sábado, a paralisação chega ao quinto dia.

Na sexta-feira, 37 casos foram registrados em todo o estado. Na última segunda-feira, três mortes foram contabilizadas; na terça-feira, cinco; na quarta-feira, foram 29 casos; e na quinta-feira, 22.

 

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT),declarou, nesta sexta-feira, que já abriu processo disciplinar para a punição dos policiais militares amotinados no estado. Ele afirmou que não negociará qualquer anistia administrativa com os manifestantes, exigida pelos líderes do motim para evitar punições previstas em lei. As declarações foram dadas ao blog do jornalista Gerson Camarotti, no G1.

Na quinta-feira, o governador descartou entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para acabar com o motim. O secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, afirmou ao G1 que parte dos envolvidos no motim já foi identificada. Segundo ele, os policiais deverão responder criminalmente e sofrer sanções administrativas. Costa ressaltou ainda que 261 PMs respondem a inquéritos militares e procedimentos administrativos por envolvimento nos atos e que os agentes não vão receber salário.

 

Na noite de quinta-feira, os policiais e bombeiros militares recusaram o acordo proposto pelo governo do estado de realizar um aumento dos R$ 3,2 mil atuais para R$ 4,5 mil, parcelado até 2022.

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