Carros: após destruição dos veículos, os documentos serão obrigatoriamente recolhidos e receberão baixa para evitar fraudes e clonagens. (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2013 às 12h55.
São Paulo - Mais de 45 mil veículos depositados em pátios do governo paulista serão destruídos e vendidos como sucata para reciclagem. Cerca de 20 mil desses carros foram apreendidos em processos judiciais.
A medida foi possível por meio de uma parceria com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que autorizou essa destinação aos carros. Um edital a ser publicado pelo Poder Judiciário vai dar um prazo de dez dias para que os interessados na restituição do veículo se manifestem.
“Esses veículos superlotam os pátios, o que dificulta a ação da polícia em novas apreensões. À medida que esvaziarmos essas áreas, isso vai ter um grande significado para fortalecer a segurança”, disse o governador Geraldo Alckmin. Ele destacou ainda a importância da medida para o meio ambiente e saúde pública. “São carros que têm às vezes 20 anos ou mais [de fabricação]. Além disso, um carro abandonado acumula água, mosquito, podendo provocar doenças”, justificou.
Os carros serão necessariamente compactados, não sendo permitida a venda de peças em separado. O valor arrecado com o leilão da sucata será depositado em uma conta judicial para eventual ressarcimento dos proprietários. “Para obter a restituição, ele terá que pagar multa, despesas, e a maioria dos carros já não tem mais valor econômico como veículo, somente como reciclagem”, explicou o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.
O presidente do TJ-SP, Ivan Sartori, acredita que o anúncio da transformação dos carros em sucata não irá provocar uma corrida ao Judiciário para reaver os veículos. “São muito antigos. Abandonados há muito tempo. Teremos, provavelmente, algum movimento, mas não uma corrida”.
Após destruição dos veículos, os documentos serão obrigatoriamente recolhidos e receberão baixa para evitar fraudes e clonagens.