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Mais 3 mortes por febre amarela são confirmadas no interior de SP

A Vigilância Epidemiológica de Atibaia informou que as primeiras vítimas na cidade de 115,3 mil habitantes são um jovem de 22 anos e um idoso de 89

Febre amarela: o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que vai no lançamento da campanha contra febre amarela em São Paulo (Reuters/Reuters)

Febre amarela: o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que vai no lançamento da campanha contra febre amarela em São Paulo (Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 20h32.

Mais três mortes por febre amarela foram confirmadas nesta terça-feira, 9, no interior de São Paulo. Foram dois casos em Atibaia e outro em Jarinu.

A Vigilância Epidemiológica de Atibaia informou que as primeiras vítimas da doença na cidade de 115,3 mil habitantes são um jovem de 22 anos no dia 28 e um idoso de 89 no dia 31.

A confirmação ocorreu após ficarem prontos os exames feitos no Instituto Adolfo Lutz, na capital.

De acordo com a prefeitura de Atibaia, o jovem era morador do bairro das Cerejeiras, mas teria se infectado quando realizava uma trilha, no bairro do Portão - onde residia a outra vítima. O município lançou um alerta, pedindo à população que ainda não se vacinou para que procure os postos de vacinação.

De acordo com a Vigilância, o bairro está entre os que mais tiveram a presença de macacos mortos, no ano passado. Dos 74 primatas recolhidos em todo o município, os exames apontaram a febre amarela como causa da morte em 37 - 11 ainda aguardam os resultados. Os casos em humanos, no entanto, são os primeiros registrados na cidade e os dois evoluíram para óbitos. Segundo a prefeitura, cerca de 95 mil pessoas foram vacinadas contra a doença, no município, em 2017. 

A Secretaria de Saúde informou que a doença será intensificada, com a busca de "casa a casa" das pessoas que ainda não se vacinaram, principalmente na zona rural e em áreas próximas de matas.

"Jovens que têm a prática de circular em áreas de risco fazendo trilhas, acampamentos, frequentando cachoeiras, precisam estar vacinados e usar repelentes. Moradores da área rural que ainda não foram vacinados devem imediatamente procurar a vacina em postos de saúde", disse a secretaria, em comunicado.

A pasta também convidou aos idosos que não foram vacinados por recomendação médica a "reverem esta contraindicação nas salas de vacina". Alertou também que as pessoas não vacinadas devem usar repelentes e protetores contra insetos nas janelas e, ainda, evitar se expor em matas. As vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde do município.

Jarinu

Exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz confirmaram a febre amarela como causa da morte de uma mulher de 54 anos, em Jarinu. Ela havia morrido no dia 31 de dezembro e a causa era investigada. É a segunda morte pela doença confirmada na região de Jundiaí - o outro óbito foi registrado em Itatiba, no ano passado. 

A vítima, Abigail Pereira dos Santos Souza, era moradora do bairro dos Soares. Ela foi internada no dia 30 de dezembro no Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí, onde morreu no dia seguinte. De acordo com familiares, os sintomas da doença começaram no dia 18, quando a paciente apresentou febre alta e dores no corpo.

O secretário de Saúde de Jarinu, Antenor Gonçalves, informou que mais de 20 mil pessoas já foram vacinadas na cidade, mas a vacinação será intensificada. Desde o ano passado, 18 macacos tinham sido encontrados mortos, com a doença, no município.

Ministro em SP

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que vai no lançamento da campanha contra febre amarela em São Paulo, marcado para o dia 3 de fevereiro. Esta será a primeira vez que o País usará a vacina com concentração menor do que a usual. A medida, antecipada pela reportagem, tem como objetivo reduzir o risco de expansão da circulação do vírus da febre amarela no País e será adotada em São Paulo, Rio e Bahia.

De acordo com Barros, o convite para participar do lançamento foi feito em um telefonema pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). A vacinação no Estado de São Paulo vai até o dia 24 de fevereiro. A meta é imunizar nesta iniciativa 4,9 milhões de pessoas com a dose fracionada e 1,4 milhão com a dose padrão.

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