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Maioria dos ministros rejeita criação da Rede

Para quatro dos sete ministros do TSE que já votaram, partido de Marina não obteve as 492 mil assinaturas de apoio válidas


	Marina Silva: ex-senadora esperava a criação da legenda até hoje para poder se canditar nas eleições de 2014
 (Jonathan Fickies/Bloomberg)

Marina Silva: ex-senadora esperava a criação da legenda até hoje para poder se canditar nas eleições de 2014 (Jonathan Fickies/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 21h53.

Brasília - A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu negar, nesta quinta-feira, o pedido de registro da Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva tentava criar para concorrer ao Planalto em 2014.

Para cinco dos sete ministros do TSE que já votaram, a Rede não obteve as 492 mil assinaturas de apoio válidas necessárias para sua criação.

O resultado ainda pode ser alterado até a proclamação do resultado, caso algum dos ministros que votou contra a concessão de registro mude de ideia, mas essa possibilidade é remota.

"A contabilização... aponta para o não atingimento do quantitativo previsto em lei", disse a relatora do processo, ministra Laurita Vaz, acrescentando que rejeita o pedido no momento, mas que nada impede o partido de tentar novo registro assim que tiver as assinaturas necessárias.

"Para essas eleições (de 2014), eu voto pelo indeferimento." Acompanharam a relatora os ministros João Otávio de Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio e Marco Aurélio Mello. Para a Justiça Eleitoral, foram certificadas cerca de 442 mil assinaturas.

A negativa, a dois dias do prazo final para a criação de novas legendas e trocas partidárias visando as eleições do ano que vem, joga um balde de água fria nas pretensões da ex-senadora, que desejava criar um novo modelo de partido político.

Segunda colocada nas recentes pesquisas de intenção de voto para presidente em 2014, Marina tem até sábado para filiar-se a outra legenda. Ela, no entanto, afirmou diversas vezes que não tinha um "plano B" para o caso de a Rede ter o registro negado.

Entre as alternativas da ex-senadora estão o PEN, partido que já ofereceu inclusive mudar seu nome para Rede e dar a presidência nacional para Marina; o PPS, que viu frustrada nesta semana sua tentativa de filiar o tucano José Serra para disputar o Palácio do Planalto; e o PV, partido pelo qual Marina disputou a Presidência em 2010, ficando com quase 20 milhões de votos.

A decisão da ex-senadora deve ser aguardada com ansiedade pelos atores políticos até sábado, e uma eventual decisão de não se filiar a outro partido deve ter grande impacto no cenário eleitoral do ano que vem.

"A candidatura da Marina é muito importante para definir as estratégias partidárias. Dificulta bastante a continuidade da velha polarização entre PT e PSDB, que domina as campanhas presidenciais desde 1994", disse o analista da Tendências Consultoria Integrada Rafael Cortez.

"A presença da Marina fortaleceria bastante a ideia de segundo turno", acrescentou.

Atualizado às 21h53min.

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