PMDB: argumento para a saída do governo será de que a presidente Dilma não é capaz de liderar um movimento para tirar o país da crise (José Cruz/ Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2016 às 19h50.
Rio - Até agora maior aliado da presidente Dilma Rousseff no PMDB, o diretório do Estado do Rio de Janeiro vai votar pelo rompimento com o governo na reunião nacional do partido marcada para terça-feira, 29.
Peemedebistas ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo acreditam que a decisão não será unânime, porque poderá ter o voto contrário ao rompimento do líder da PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, e do ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera.
Os outros dez representantes do Rio no diretório nacional deverão votar pela saída do governo.
Embora integrem o diretório nacional, o governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral não irão ao encontro.
Serão substituídos por suplentes. Entre os que votarão pelo rompimento estão o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, pai de Leonardo, o ex-ministro e ex-governador Wellington Moreira Franco e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
O argumento para a saída do governo será de que a presidente Dilma Rousseff não é capaz de liderar um movimento para tirar o País da crise.
Também sustentarão que o mais importante é garantir a unidade do PMDB, que tem mostrado clara tendência pelo rompimento.
Os peemedebistas fluminenses evitarão associar o rompimento a uma tendência a favor do impeachment da presidente, embora entendam que o avanço das investigações da Operação Lava Jato tenham tornado muito difícil a defesa de Dilma no processo em curso na Câmara.
"Não queremos misturar rompimento e impeachment neste momento. Vamos dizer que continuamos a respeitar a presidente, mas que deixamos o governo para manter a unidade partidária. Vamos sair, mas não vamos fazer alarde", disse um peemedebista fluminense com voto no diretório nacional.