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Maior erro do PT seria declinar do processo eleitoral, diz Genro

Ele evitou declarar qual deveria ser o "plano B" da legenda, mas manifestou sua predileção pelo ex-prefeito de SP, Fernando Haddad

Tarso Genro: "Eu tenho sim uma visão que nós temos outros candidatos se o Lula não apontar o (Jaques) Wagner (também cotado para disputar o Planalto pelo PT neste ano)" (Arquivo/ABr/Agência Brasil)

Tarso Genro: "Eu tenho sim uma visão que nós temos outros candidatos se o Lula não apontar o (Jaques) Wagner (também cotado para disputar o Planalto pelo PT neste ano)" (Arquivo/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de março de 2018 às 13h45.

São Paulo - Em entrevista ao Grupo Estado, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro disse que o PT não pode abrir mão de disputar a eleição presidencial em outubro, mesmo que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja inviabilizada juridicamente. "Na minha opinião, o caminho só pode ser um: ter um candidato e participar das eleições, seja um candidato do PT, seja um candidato apoiado pelo campo que nós representamos", afirmou.

Tarso Genro foi ministro no segundo governo Lula e é uma das figuras históricas do PT. Ele evitou declarar qual deveria ser o "plano B" da legenda, mas manifestou sua predileção pelo ex-prefeito de SP, Fernando Haddad.

"Eu tenho sim uma visão que nós temos outros candidatos se o Lula não apontar o (Jaques) Wagner (também cotado para disputar o Planalto pelo PT neste ano). Quem vai orientar isso certamente será o presidente. Todo mundo sabe as ligações que tenho, ligações políticas, afetivas e de gestão pública, inclusive, com o ex-prefeito Fernando Haddad, que me parece um dos quadros possíveis nestas circunstâncias", disse Genro.

Para o ex-ministro, nem mesmo a realização das eleições estão garantidas neste ano no Brasil. "Ninguém pode deixar de considerar a possibilidade de que uma emenda constitucional, processada de maneira autoritária (...) possa adiar as eleições. Isso pode ocorrer no País", declarou. De acordo com Tarso Genro, isso se daria por dois motivos: o medo de uma eventual vitória de Lula e a falta de um candidato viável no espectro do centro e da direita no Brasil.

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