Rodrigo Maia: "Se nada for feito em relação à Previdência, nenhum de nós, políticos, vai conseguir sair na rua nunca mais". (Adriano Machado/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 9 de abril de 2019 às 12h27.
Última atualização em 9 de abril de 2019 às 14h51.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu nesta terça-feira, 9, apoio a prefeitos para a aprovação da reforma da Previdência, que começou a tramitar no Congresso Nacional. Maia participou da abertura da 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, ao lado do presidente Jair Bolsonaro e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
"Vim aqui hoje pedir a cada um de vocês apoio. A reforma da Previdência não é para o governo federal, não é para o governo estadual, não é para cada um dos municípios. A reforma da Previdência é para que a gente possa mudar essa curva de recessão que o Brasil vive nos últimos anos e que prejudica diretamente o caixa dos municípios e a vida de milhões de brasileiros", disse Maia.
O presidente da Câmara lembrou que o aumento das despesas previdenciárias impacta todos os entes federativos. Apenas no caso do governo federal, disse Maia, o aumento real da despesa previdenciária "é todo ano na ordem de R$ 50 bilhões".
"Alguém acha que cada um de nós tem um prazer enorme de votar a reforma da Previdência como se fosse uma grande agenda de futuro para o Brasil? Não. A reforma da Previdência vem organizar o que foi construído ao longo dos últimos anos", afirmou aos prefeitos.
"E se nada for feito em relação à Previdência, que também impacta estados e municípios, nenhum de nós, políticos, vai conseguir sair na rua nunca mais. Por uma questão muito simples: só no governo federal, o aumento real da despesa previdenciária é todo ano na ordem de R$ 50 bilhões", acrescentou Maia.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que vai instalar a comissão que analisará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que destina mais 1% das receitas obtidas com Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A PEC, já aprovada no Senado, daria uma injeção adicional de R$ 5,2 bilhões anuais ao final de um período de transição. Maia falou sobre o assunto durante a abertura da Marcha dos Prefeitos, em Brasília.
No mesmo evento, o presidente Jair Bolsonaro falou que recebeu "sinal verde" do ministro da Economia, Paulo Guedes, para majorar o FPM.
Depois do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Gladimir Aroldi, cobrar o Congresso, Maia falou que vai instalar a "comissão do 1%" e que está trabalhando com o "brilhante" ministro Guedes, mas pediu o apoio dos prefeitos para a aprovação da reforma da Previdência.
"Vamos instalar a comissão do 1%. Estamos trabalhando com o brilhante ministro Guedes sobre Lei Kandir, sobre cessão onerosa e tantos outros temas. Mas vim aqui pedir o apoio de vocês. A reforma da Previdência não é para o governo federal, estadual ou municípios, e sim para a gente mudar essa curva de recessão que prejudica a vida dos brasileiros."