Rodrigo Janot: comentou a delação do grupo J&F durante palestra em Washington (Wilson Center/Divulgação)
EXAME Hoje
Publicado em 18 de julho de 2017 às 06h13.
Última atualização em 18 de julho de 2017 às 08h07.
Maia: só no longo prazo
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que tem pretensões de alçar voos mais altos na política no longo prazo, em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, na GloboNews. “Chegar onde cheguei já me coloca, daqui a duas ou três eleições, como uma alternativa”, disse. Ao ser perguntado se tinha intenção de assumir a presidência no lugar de Michel Temer, disse que jamais “faria algo para prejudicar” o presidente.
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Janot: inacreditável
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, comentou a delação do grupo J&F em palestra promovida pelo Brazil Institute, do Wilson Center, em Washington. Um dos destaques foi a reação de Janot ao descobrir os áudios gravados por Joesley Batista e Ricardo Saud em conversas com Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures e Aécio Neves. “A primeira reação nossa foi dizer ‘isso é mentira, não acredito que isso esteja acontecendo, é inacreditável que a prática continue de maneira aberta’.” Sobre o perdão concedido aos executivos da empresa, Janot disse que faria tudo igual, sem o menor “drama de consciência”. “Ninguém se sente feliz concedendo imunidade a criminoso. (…) Essas pessoas procuraram agentes do Ministério Público para oferecer a possibilidade de um acordo penal. E envolviam altas, altíssimas autoridades da República”, disse.
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Sem quórum
A Câmara dos Deputados adiou pela segunda vez nesta segunda-feira a leitura do parecer da Comissão de Constituição e Justiça que recomenda o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer. Apenas 13 de um mínimo de 51 deputados compareceram. Trata-se de uma exigência para que o texto seja colocado em pauta para votação em Plenário. Prevendo que não haveria quórum nesta segunda, dia tradicionalmente esvaziado no Congresso, com agravante de ser a véspera do recesso parlamentar, base aliada e oposição fecharam acordo para votar a denúncia apenas em agosto. A sessão foi agendada para o dia 2.
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Eike Batista: não paguei
Em depoimento à Justiça Federal do Rio de Janeiro, o empresário Eike Batista negou que tenha pago propina à cúpula do PMDB para liberação de recursos do FI-FGTS para suas empresas. Os 750 milhões de reais em recursos foram para a LLX, sua empresa de exploração do Porto do Açu, na região norte-fluminense. Eike disse desconhecer ação de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro na liberação de recursos do fundo. “Eu era presidente do Conselho de Administração e esses assuntos eram tratados por executivos da companhia”. O empresário prestou esclarecimentos como testemunha de defesa de Funaro, a quem teria pago a propina segundo o delator Alexandre Margotto.
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UTC pede recuperação judicial
A empreiteira UTC, um dos alvos da Operação Lava-Jato, entrou com pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira com o objetivo de renegociar dívidas de 3,4 bilhões de reais. A companhia atribuiu a necessidade da recuperação judicial à forte crise financeira enfrentada desde 2014. O pedido vem menos de uma semana após o fechamento de um acordo de leniência com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União.
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Postos de trabalho
Entre demissões e contratações, o país teve um saldo positivo de 9.800 postos de trabalho com carteira assinada em junho, segundo dados do Ministério do Trabalho. No primeiro semestre, o saldo foi positivo em 67.300 vagas formais, uma leve expansão de 0,18% na comparação com o semestre finalizado em dezembro de 2016. O resultado deste ano foi influenciado pela geração de vagas no setor de agropecuária, que criou 36.800 postos de trabalho. Já a indústria de transformação eliminou 7.800 postos; o comércio fechou 2.700 vagas; e a construção civil, 8.900.
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Saques do FGTS: quase 100%
Os saques de contas inativas do FGTS chegaram a 41,8 bilhões de reais até o dia 12 de julho, segundo dados do Ministério do Planejamento. De acordo com a pasta, o resultado é superior às projeções iniciais do governo de que apenas 70% dos saques seriam efetivados. “Já estamos chegando a 100% de saques, cerca de 43,6 bilhões de reais”, disse o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do ministério, Marcos Ferrari, por meio de nota. Estudo do órgão mostra que a maioria dos recursos (36%) foi utilizada para quitar dívidas.
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Netflix: surpreendentes 5,2 milhões
A empresa de streaming Netflix surpreendeu analistas ao anunciar que o número de novos assinantes no segundo trimestre alcançou 5,2 milhões. A expectativa era de 3,2 milhões de novos assinantes. A receita da companhia cresceu 32%, na comparação com o primeiro trimestre, para 2,79 bilhões de dólares. Em uma carta aos acionistas, a Netflix disse que subestimou a popularidade de sua crescente lista de séries e filmes, o que levou a um crescimento de clientes maior do que o esperado em seus principais mercados. Já o lucro ficou um pouco abaixo do projetado, 66 milhões de dólares, em comparação com o lucro de 41 milhões do mesmo período de 2016. Nas negociações após o fechamento do mercado, as ações da Netflix dispararam 9%.
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FMI: o efeito Macron
O Fundo Monetário Internacional elogiou nesta segunda-feira 17 as “reformas ambiciosas” do presidente Emmanuel Macron, afirmando que os cortes de gastos e de impostos “podem contribuir muito para desafios econômicos no longo prazo”. O órgão ampliou sua previsão de crescimento para a França em 2017 em 0,1%, para 1,5%, e disse que o país poderá “avançar ainda mais” no próximo ano. “O novo governo está tocando um programa econômico ambicioso para deixar a economia francesa mais dinâmica e as finanças públicas mais sustentáveis”, disse o FMI após a análise anual da economia francesa.
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China cresce 6,9%
A economia chinesa cresceu 6,9% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, mais rápido do que o esperado e em linha com o crescimento do primeiro trimestre. Analistas consultados pela Reuters esperavam que a economia avançasse num ritmo de 6,8% no trimestre entre abril e junho, ligeiramente mais lento do que os 6,9% observados no trimestre anterior. O governo tem como meta crescer 6,5% em 2017, o que seria o menor crescimento anual em 26 anos.
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EUA: falta gente
Enquanto o presidente Donald Trump culpa os imigrantes pelos problemas econômicos dos Estados Unidos, o governo anunciou nesta segunda-feira a emissão especial de 15.000 vistos para trabalhos sazonais de baixa qualificação. Setores como pesca, indústria e saúde tendem a ser beneficiados. O anúncio representa um avanço de 45% em relação ao número de vistos desse tipo emitidos no segundo semestre.