Rodrigo Maia: diferentemente das outras vezes em que Temer viajou, Maia não estará na base aérea (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de julho de 2017 às 17h25.
Última atualização em 20 de julho de 2017 às 17h39.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não encontrará o presidente Michel Temer na tarde desta quinta-feira, 20, na base aérea de Brasília, para transmissão simbólica do cargo de presidente da República.
Temer viajará por volta das 17 horas para Mendonza, na Argentina, onde participará da reunião do G-20 e de onde só deve retornar já nesta sexta-feira, 21.
Como o Brasil está sem vice-presidente, Maia é que assumirá o comando do país.
Diferentemente das outras vezes em que Temer viajou, Maia não estará na base aérea para a transmissão simbólica, pois está no Rio de Janeiro.
Segundo assessoria dele, ele tem compromissos oficiais na capital fluminense, de onde só retorna nesta sexta-feira.
A Constituição não obriga o presidente da Câmara a estar na base área. No entanto, esse é um gesto político que os integrantes da linha sucessória costumam fazer, quando assumem a presidência em razão de viagem do presidente.
Desde que a denúncia por corrupção passiva contra Temer começou a tramitar na Câmara, Maia tem se mostrado distante do Palácio do Planalto.
Na última terça-feira, 18, ele e Temer tiveram um atrito, após o presidente da República convidar parlamentares dissidentes do PSB a se filiarem para o PMDB.
Maia se irritou com o gesto, uma vez que, desde que o PSB deixou a base do governo, negocia a migração dos pessebistas descontes para o DEM.
Temer acionou ministros para tentar desfazer o mal-estar e negou que tivesse convidado dissidentes do PSB para se filiarem ao PMDB. Para tentar mostrar que o mal-estar estava resolvido, Temer foi até a residência oficial de Maia na noite da própria terça-feira, onde participou de jantar ao lado de ministros e deputados.
Na noite dessa quarta-feira, Temer ofereceu jantar no Palácio do Jaburu a Maia e a integrantes do DEM, como o ministro da Educação, Mendonça Filho, e o prefeito de Salvador, ACM Neto.