Rodrigo Maia: presidente da Câmara disputa o posto de se tornar a candidatura mais viável do chamado centro contra Michel Temer, Henrique Meirelles, Marina Silva e Geraldo Alckmin, entre outros (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de abril de 2018 às 18h37.
Última atualização em 10 de abril de 2018 às 18h37.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), trabalha para tornar a sua candidatura a mais viável no campo do centro e teria junho como marco temporal para definir sua situação, afirmou uma fonte do partido, sob a condição de anonimato.
Segundo essa fonte, a pré-candidatura de Maia é para valer --e não apenas para cacifar o nome do deputado em outras eventuais negociações--, mas o cenário indefinido e pulverizado exige uma postura mais realista.
Por isso mesmo, junho é encarado como um prazo considerável para uma nova avaliação, já que em julho e agosto as legendas precisam oficializar suas candidaturas nas convenções partidárias.
"O limite é junho. Ali teremos mais ou menos uma noção de quem é o mais viável", disse a fonte.
Maia disputa o posto de se tornar a candidatura mais viável do chamado centro contra o presidente Michel Temer, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, ambos do MDB, a ex-senadora Marina Silva (Rede), e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), entre outros.
A fonte avalia que uma candidatura de Henrique Meirelles pelo MDB resolveria dois problemas ao mesmo tempo. Serviria a deputados e senadores daquele partido, que não teriam parte muito grande dos recursos partidários abocanhada, já que o ex-ministro poderia financiar boa parte de sua campanha.
Ao mesmo tempo, eliminaria o inconveniente de outros partidos terem de se coligar com o MDB no campo nacional, já que, segundo a fonte, ninguém quer o MDB em seu palanque.
Meirelles deixou o Ministério da Fazenda, na última sexta-feira, para tentar se cacifar dentro do MDB como candidato à Presidência nas eleições deste ano. Mas se Temer decidir mesmo disputar nas urnas um segundo mandato no Planalto, o presidente deve ter a preferência do partido.
(Reportagem adicional de Anthony Boadle)