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Maia diz que pode ser alternativa à Presidência em longo prazo

O presidente da Câmara, que nega ter a pretensão de assumir o cargo no curto prazo, considerou que poderia disputar "daqui duas, três eleições"

Rodrigo Maia: ele disse que neste momento é o "árbitro do jogo" e que não vislumbra ir além de onde está (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: ele disse que neste momento é o "árbitro do jogo" e que não vislumbra ir além de onde está (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 18 de julho de 2017 às 09h34.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista à Globonews exibida na noite de segunda-feira que se considera uma alternativa à Presidência da República daqui a duas ou três eleições, mas negou que tenha pretensão de assumir o cargo no curto prazo.

Sucessor imediato ao comando do país em caso de afastamento do presidente Michel Temer, que é alvo de denúncia por crime de corrupção em tramitação na Câmara, Maia disse que neste momento é o "árbitro do jogo" e que não vislumbra ir além de onde está, mas reconheceu que no longo prazo pode buscar uma candidatura presidencial.

"O político, quando entra na política, ele sempre sonha no máximo. Isso aí, seria besteira não admitir, mas, nesse momento, não", disse o presidente da Câmara na entrevista ao jornalista Roberto D'ávila.

"A longo prazo, é obvio que chegar onde cheguei já me coloca, daqui a duas, três eleições como uma alternativa (à Presidência), mas, a curto prazo, acho que a presidência da Câmara já me dá a possibilidade de realizações que eu nunca imaginei que eu pudesse realizar", acrescentou.

Maia ainda reiterou na entrevista a lealdade a Temer como deputado do DEM, partido que é da base de apoio ao governo, mas disse que como presidente da Câmara precisa se distanciar do Planalto neste momento e se guiar pela Constituição.

"Uma coisa é o presidente da Câmara, outra coisa é o deputado eleito pelo DEM que apoia o governo do presidente Michel Temer. Esse deputado será leal sempre. Agora, o presidente da Câmara vai ser o presidente da instituição e árbitro do jogo", afirmou.

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de corrupção passiva, Temer será afastado da Presidência caso 342 deputados votem por autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar a acusação e se o STF decidir tornar Temer réu.

A votação da denúncia contra o presidente no plenário da Câmara dos Deputados será realizada no dia 2 de agosto.

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