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Maia diz que estava negociando com policiais, não com vândalos

Um grupo de manifestantes quebrou vidraças da chapelaria ao tentar entrar na Câmara, em protesto à reforma da Previdência

Arthur Maia: o deputado afirmou que o protesto era um direito democrático da categoria, mas que a "quebradeira" é crime (TV Câmara/Reprodução)

Arthur Maia: o deputado afirmou que o protesto era um direito democrático da categoria, mas que a "quebradeira" é crime (TV Câmara/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de abril de 2017 às 18h50.

Última atualização em 18 de abril de 2017 às 18h53.

Brasília - O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA), chamou nesta terça-feira, 18, de "vândalos" os policiais que quebraram vidraças da chapelaria da Casa, uma das principais entradas do Congresso, durante protesto hoje contra a proposta.

Em entrevista após reunião com representantes de policiais para negociar as regras de aposentadoria para a categoria, o parlamentar baiano disse que estava negociando com policiais.

"Não com esses vândalos que quebraram o Congresso e que espero que sejam punidos", afirmou.

Na avaliação do relator, os policiais quiseram mostrar com o protesto que "a violência compensa".

Mais cedo, Arthur Maia já tinha afirmado que o protesto era um direito democrático da categoria, mas que a "quebradeira" é crime.

Um grupo de manifestantes quebrou vidraças da chapelaria ao tentar entrar na Câmara.

Policiais legislativos reagiram com bombas de gás lacrimogênio e gás de pimenta.

Reunião

Após reunião com representantes dos policiais, Oliveira Maia afirmou que está tentando fazer um "desenho" para que a idade inicial de transição da categoria seja de 55 anos e a definitiva, "algo próximo" a que será estabelecida para os militares posteriormente.

"A regra transitória preverá idade mínima de 55 anos e estamos vendo vinculação da regra da idade mínima permanente de policiais a militares", afirmou Maia. Segundo eles, policiais pediram que a idade mínima definitiva deles seja "vinculada" à dos militares, cujas regras de aposentadoria serão tema de uma reforma da Previdência independente, ainda a ser enviada o Congresso Nacional.

Mais cedo, o relator tinha anunciado que a idade mínima para policiais seria de 60 anos para homens e mulheres, enquanto a idade de transição começaria de 48 anos (mulher) e 50 anos (homens), mediante o pagamento de pedágio de 30% sobre o tempo que falta de contribuição.

Após a reunião com representantes da categoria, Oliveira Maia recuou e disse que está elaborando novas regras.

Integralidade

O relator afirmou que a questão do pagamento integral da aposentadoria de policiais ainda está em discussão.

Hoje, a categoria tem direito ao seu salário integral no momento da aposentadoria, mas a reforma da Previdência acaba com essa previsão.

A proposta inicial de Oliveira Maia era conceder a integralidade apenas para policiais que estiverem na transição e estabelecer uma "trava" adicional para o acesso ao salário integral, exigindo a idade mínima final de 60 anos (a exemplo de como vai ser no caso de servidores).

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