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Maia: Crise internacional pode ser oportunidade para o Brasil somar forças

Para presidente da Câmara, temores sobre coronavírus e sobre a guerra nos preços do petróleo podem levar país a encontrar soluções necessárias urgentes

Rodrigo Maia: ele tem pressionado o governo a formalizar o envio da reforma administrativa ao Congresso (Amanda Perobelli/Reuters)

Rodrigo Maia: ele tem pressionado o governo a formalizar o envio da reforma administrativa ao Congresso (Amanda Perobelli/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 9 de março de 2020 às 09h50.

Brasília — A piora na economia internacional terá consequências inevitáveis para o Brasil, mas a crise global pode representar uma oportunidade para o país somar forças em busca de soluções necessárias e urgentes, afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), neste domingo, 8, acrescentando que o Congresso está pronto para avançar com a agenda de reformas.

Temores sobre o impacto econômico do coronavírus no mundo têm afetado duramente os mercados nas últimas semanas, levando a uma escalada do dólar frente ao real, que abriu nesta segunda-feira, 9, em forte alta de R$ 4,80.

As sinalizações do mercado financeiro é de que o dia vai ser turbulento no mercado acionário, com a guerra no preço do petróleo. Os contratos futuros do Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira B3, começaram a ser negociados na segunda-feira em baixa de 9,5%.

"O cenário internacional exige seriedade e diálogo das lideranças do país. A situação da economia mundial se deteriora rapidamente. O Brasil não vai escapar de sofrer as consequências dessa piora global. É preciso agir já com medidas emergenciais", disse Maia em publicação no Twitter.

"O Congresso está pronto para avançar com as reformas necessárias capazes de restabelecer a confiança. Se agora os poderes da República agirem em harmonia e com espírito democrático, esta crise pode virar uma oportunidade de se somar forças em busca das soluções necessárias e urgentes", acrescentou.

Maia tem pressionado o governo a formalizar o envio da reforma administrativa ao Congresso, ao mesmo tempo em que tramita devagar a reforma tributária — as duas próximas prioridades da agenda de reformas após a aprovação da reforma da Previdência no ano passado.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou viagem aos Estados Unidos nesta semana para ficar no Brasil para a defesa e o encaminhamento das reformas econômicas.

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