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Maia cobra provas de acusações de ministro sobre segurança do Rio

Em entrevistas, o ministro da Justiça acusou políticos e comandantes de batalhão da Polícia Militar de se associarem ao crime organizado

Maia: "Recebi com perplexidade as declarações feitas pelo ministro da Justiça" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Maia: "Recebi com perplexidade as declarações feitas pelo ministro da Justiça" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 22h31.

Brasília - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou nesta quarta-feira, 1º, que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, apresente provas das acusações que fez contra a cúpula de segurança pública do Rio. Em entrevistas, o ministro acusou políticos e comandantes de batalhão da Polícia Militar de se associarem ao crime organizado e também afirmou que o governador e o secretário de Segurança, Roberto Sá, não têm controle sobre a PM.

"Recebi com perplexidade as declarações feitas pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre a segurança pública do Rio de Janeiro. Espero que o ministro apresente provas sobre as graves acusações, que o governo federal também se pronuncie oficialmente e, principalmente, o Rio espera ações do governo e do ministro da Justiça", disse Maia em declaração divulgada por sua assessoria de imprensa.

Nesta quarta-feira, 1º,governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), entrou com uma "interpelação judicial" contra o ministro da Justiça. Pezão disse à reportagem que o objetivo do procedimento é para que o ministro "informe o que ele tem contra a cúpula (da polícia) e os policiais".

A interpelação judicial é usada para casos, referências, alusões ou frases, em que se infere calúnia, difamação ou injúria. Quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Quem se recusa a responder ou não se justifica pode responder por calúnia, injúria e difamação e prevaricação.

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