Rodrigo Maia: "Precisamos continuar com a pauta da Casa", resumiu o presidente da Câmara (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de outubro de 2019 às 16h49.
Última atualização em 30 de outubro de 2019 às 16h54.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou se prolongar em comentários sobre a citação do presidente Jair Bolsonaro na investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Ao ser questionado, Maia respondeu apenas que o caso não deve atrapalhar o andamento do Congresso. "De jeito nenhum, não é o papel da Câmara analisar esse tipo de fato, precisamos continuar com a pauta da Casa e nosso objetivo", afirmou.
Em depoimento revelado pelo Jornal Nacional nesta terça-feira, 29, um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde morava Ronnie Lessa, um dos acusados de matar Marielle, afirmou à Polícia Civil que um homem chamado Élcio entrou no local dizendo que iria à casa 58, onde mora Bolsonaro.
Segundo o porteiro, quem teria atendido o interfone foi "seu Jair", que teria autorizado a entrada. Registros da Câmara dos Deputados, no entanto, mostram que Bolsonaro estava em Brasília nesse dia.
Maia negou atrasos no andamento da reforma administrativa e, segundo ele, o texto do governo sobre o tema deve ser enviado ao Congresso na próxima semana, assim como as medidas sobre o pacto federativo.
"O texto vem com objetivo de nos orientar e sinalizar qual é a reforma (administrativa) que interessa ao governo", afirmou.
"Respeitado o regimento da Câmara, nós vamos avançar o mais rápido que a gente puder. Acho que na PEC da reforma administrativa não vamos ter muitos obstáculos".