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Magistrados pedem providências sobre pichações em prédios no Rio

As pichações- "Lula livre" e "Pela Democracia" eram algumas delas - foram feitas no fim de uma passeata

Protesto: "Lula Livre" foi pichado em prédios públicos no Rio de Janeiro (Ueslei Marcelino/Reuters)

Protesto: "Lula Livre" foi pichado em prédios públicos no Rio de Janeiro (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2018 às 13h19.

Rio - Manifestantes que protestavam contra o decreto de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva picharam os prédios que sediam a Seção Judiciária do Rio de Janeiro e do Centro Cultural Justiça Federal, na Cinelândia no Centro do Rio, na noite de sexta-feira, 6. As pichações - "Lula livre" e "Pela Democracia" eram algumas delas - foram feitas no fim de uma passeata que começou na Candelária e desfilou pela Avenida Rio Branco.

Um dos alvos dos pichadores foi a sede do Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), tombado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan). De acordo com o Tribunal Regional da 2ª Região (TRF2), a construção, de 1909, é uma das mais antigas do corredor cultural da Cinelândia. Outro prédio atingido pelas pichações foi o da Seção Judiciária, ocupado por setores administrativos e varas federais cíveis.

Segundo nota do TRF2, durante a ação, acontecia um evento cultural no CCJF. Os participantes do evento permaneceram dentro do prédio. Na manhã deste sábado, 7, as pichações já tinham sido apagadas.

Protesto

A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) protestou contra a ação dos pichadores em nota divulgada neste sábado, 7. Segundo o texto, "as instituições estão sofrendo agressões que colocam em risco o Estado Democrático de Direito no Brasil". A associação defendeu que o Ministério da Segurança Pública tome "providências urgentes" para a garantia da ordem pública e da integridade física das pessoas que enfrentam a corrupção.

"Fatos dessa natureza são inadmissíveis e intoleráveis, exigindo-se a imediata identificação e punição exemplar dos autores", diz o texto assinado pelo presidente da Ajufe, Roberto Carvalho Veloso.

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