Brasil

Maduro, Morales, Zelaya e Cristina declaram apoio a Lula

Manifestações ocorreram antes da prisão de Lula ser decretada pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato

Prisão de Lula: líderes políticos e chefes de Estado da América do Sul declaram apoio ao ex-presidente da República Lula, (Ueslei Marcelino/Reuters)

Prisão de Lula: líderes políticos e chefes de Estado da América do Sul declaram apoio ao ex-presidente da República Lula, (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de abril de 2018 às 10h39.

São Paulo - Líderes políticos e chefes de Estado da América do Sul declaram apoio ao ex-presidente da República Lula, que tem prazo até as 17 horas desta sexta-feira, 6, para se entregar à Polícia Federal de Curitiba, para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um mês de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do caso triplex do Guarujá.

As manifestações ocorreram antes da prisão de Lula ser decretada pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que "o mundo inteiro" abraça Lula e que a "injustiça dói na alma". "A direita, diante da incapacidade de ganhar democraticamente, elegeu o caminho judicial para amedrontar as forças populares", disse Maduro.

Evo Morales, presidente da Bolívia, declarou que as oligarquias não se interessam "nem pela democracia e nem pela justiça", além de cravar que Lula foi condenado para "impedir que volte a ser presidente do Brasil". "A direita jamais o perdoará por ter tirado 30 milhões de pobres da miséria", disse o chefe de Estado.

Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras que foi deposto em 2009 e se refugiou na embaixada do Brasil, disse que Lula é inocente. Zelaya afirma que "seu único pecado foi enfrentar os Estados Unidos" e "não obedecer aos conservadores que governam o Brasil".

Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, disse que "as elites nunca se interessaram" por justiça ou democracia, além de utilizar o "aparato judicial" em interesse próprio.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCristina KirchnerEvo MoralesLuiz Inácio Lula da SilvaNicolás MaduroPolícia FederalPrisõesSergio MoroTRF4

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência