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Maduro liga para Dilma e expressa solidariedade

"Acabo de falar com a presidente Dilma Rousseff, companheira, e expressei toda a minha solidariedade"


	Dilma e Maduro: o líder venezuelano afirmou que a destituição de Dilma é um "golpe de Estado parlamentar"
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma e Maduro: o líder venezuelano afirmou que a destituição de Dilma é um "golpe de Estado parlamentar" (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 21h42.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou nesta quarta-feira que ligou para Dilma Rousseff para expressar solidariedade após a concretização do impeachment no plenário do Senado.

"Acabo de falar com a presidente Dilma Rousseff, companheira, e expressei toda a minha solidariedade, todo o carinho da mulher, do homem, do jovem da Venezuela, por telefone, um abraço do meu coração", disse Maduro em Caracas, em transmissão obrigatória de rádio e televisão.

O líder venezuelano afirmou que a destituição de Dilma é um "golpe de Estado parlamentar", que motivou a retirada "imediata e definitiva" do embaixador da Venezuela no Brasil e o congelamento das relações diplomáticas e políticas entre ambos os países.

"Estamos em contato porque lá há um governo usurpador, que não elegeu ninguém. Querem desaparecer com Dilma e Lula, os dois líderes mais bem-sucedidos dos últimos 200 anos do Brasil, que tiraram milhões de pessoas da pobreza", expressou.

Maduro disse que, embora a conversa tenha ocorrido "nestas horas difíceis", ele e Dilma se falaram "com muito amor, com muito sentimento".

O presidente da Venezuela não poupou elogios ao falar de Dilma Rousseff, a quem, entre outras coisas, se referiu como uma mulher valente, decidida e "a mulher mais honesta que poderia encontrar".

Por último, disse que os Estados Unidos admitiram estar por trás deste suposto golpe por reconhecer o governo do já presidente efetivo, Michel Temer, a quem Maduro rotulou de usurpador.

O Senado brasileiro destituiu Dilma Rousseff por 61 votos a favor e 20 contra nesta quarta-feira, em decisão que também confirma como presidente Michel Temer, que seguirá no poder até o dia 1º de janeiro de 2019. 

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