Maduro e Dilma: “Foi uma reunião muito interessante”, disse Maduro (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 12h35.
Brasília - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira, após se reunir com a presidente Dilma Rousseff, que os dois países vão aprofundar e dinamizar a cooperação econômica.
Segundo Maduro, que teve um encontro de cerca de 30 minutos com a recém-empossada presidente, as duas nações possuem uma relação histórica desde o governo dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, da Venezuela.
“Foi uma reunião muito interessante”, disse Maduro a jornalistas.
“Passando em revista no mapa que temos de trabalho conjunto da cooperação comercial, industrial, agrícola, política, diplomática. Vamos dinamizá-la ao nível máximo”, afrimou, acrescentando que os dois também conversaram sobre a queda do preço do petróleo e o panorama econômico geral, sem dar detalhes.
Segundo o presidente, Brasil e Venezuela estão bastante articulados para pleitear “juntamente um processo de industrialização em maior nível”.
“Vamos dinamizar toda a agenda e sobretudo da cooperação econômica, industrial, tecnológica, agrícola, agroalimentar.”
Ao comentar as sanções do governo norte-americano como um “passo em falso”, Maduro disse que buscará na próxima reunião da Celac “o cenário para que esse passo em falso fique para trás”.
Em meados de dezembro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgou lei que permite impor sanções contra autoridades do governo da Venezuela, acusadas de violar o direito de manifestantes durante uma onda de protestos que tomou o país sul-americano no começo do ano passado.
Maduro teve um encontro informal na quinta-feira com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Os dois estavam em Brasília para a cerimônia de posse do segundo mandato de Dilma.
“Foi um ambiente que deveria haver sempre, de respeito. O que já havíamos pedido aos Estados Unidos, já havíamos pedido mil vezes em público e privado, uma relação de respeito, mais nada.”