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Lupi: vagas formais superarão 2,5 milhões em 2010

Até novembro, foram criadas 2,564 milhões de vagas, mas habitualmente o mês de dezembro costuma ser deficitário

Lupi, ministro do Trabalho e Emprego: pressão em cima da CVM (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Lupi, ministro do Trabalho e Emprego: pressão em cima da CVM (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 13h49.

Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, projetou hoje que o volume de empregos gerados no País com carteira assinada em 2010 superará os 2,5 milhões. Até novembro, foram criadas 2,564 milhões de vagas, mas habitualmente o mês de dezembro costuma ser deficitário, com as demissões superando as contratações formais.

Mesmo com as perdas do último mês do ano, Lupi fez essa avaliação porque ele conta com a incorporação dos números de contratados pelas empresas ao longo do ano e que perderam o prazo para apresentar seus dados ao Ministério do Trabalho. O levantamento é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado mensalmente pela Pasta. "Além disso, a perda de dezembro não será tão grande quanto as habituais, e os ganhos são suficientes para passar os 2,5 milhões de empregos", comentou.

FI-FGTS

O ministro, solicitou ainda que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprove a possibilidade de as pessoas físicas poderem investir no Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS). A possibilidade foi criada em 2007, mas até o momento não entrou em vigor.

"Quero apelar à CVM que aprove, que libere o mais rápido possível. Isso está atrapalhando", afirmou hoje durante entrevista coletiva para detalhar os números do FGTS em 2010. "Da nossa parte, conseguimos. Entrevistem a CVM, pois não entendo por que até agora não liberou (essa possibilidade)", disse aos jornalistas.

Remuneração do FGTS

Carlos Lupi admitiu também que a forma de remuneração do FGTS precisa ser alterada. "O modelo de hoje precisa ser reavaliado, mas não pode prejudicar o trabalhador, que é o grande beneficiado", comentou. "Com o real valorizado e a estabilidade da moeda, esta é uma questão que precisamos enfrentar para que o trabalhador não tenha perdas", acrescentou.

Lupi ressaltou, porém, que a discussão deve ser feita com parcimônia. "O FGTS é grande investidor da economia brasileira e grande gerador de empregos. Isso tem que ser muito estudado", disse. Lupi alega que, ao aumentar a remuneração do fundo, também tende a crescer a taxa cobrada ao cidadão que utiliza o recurso. "O mesmo dinheiro não pode servir a dois senhores."

Qualificação

O ministro disse ainda que já solicitou uma reunião com a presidente eleita, Dilma Rousseff, para tratar de projetos relacionados à Pasta. Ele acredita que a presidente faça reunião ministerial na primeira semana de 2011. Segundo ele, a principal meta do Ministério do Trabalho e Emprego no próximo ano será mudar a lei que trata da qualificação profissional. "Esta é a primeira prioridade: o projeto já está na Casa Civil, mas ainda não deu tempo de finalizar", disse. O ministro salientou que deseja que os recursos do abono salarial e do seguro desemprego não usados sejam "carimbados" para uso na qualificação profissional. "Estas são minhas prioridades para 2011."

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