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Lula volta a cobrar recursos de países ricos contra mudança climática

Voltando a se comprometer com a proibição do garimpo ilegal e da preservação das terras indígenas, o petista pontuou: "os países mais ricos têm que assumir um compromisso com a preservação do meio ambiente"

Lula: o presidente eleito também afirmou que é preciso uma governança global mais representativa, principalmente na questão climática (Leandro Fonseca/Exame)

Lula: o presidente eleito também afirmou que é preciso uma governança global mais representativa, principalmente na questão climática (Leandro Fonseca/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de novembro de 2022 às 21h21.

Após sua participação na 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas, a COP-27, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a cobrar de países ricos a destinação de recursos para nações emergentes para a garantia de preservação de suas florestas.

Voltando a se comprometer com a proibição do garimpo ilegal e da preservação das terras indígenas, o petista pontuou: "os países mais ricos têm que assumir um compromisso com a preservação do meio ambiente".

Segundo ele, em 2009 diversas nações se comprometeram com um fundo de US$ 100 bilhões para ajudar países emergentes a preservar suas florestas "e até agora não foi juntado um dólar do compromisso feito", criticou.

Lula também afirmou que é preciso uma governança global mais representativa, principalmente na questão climática. "A gente não pode tomar uma decisão e depois levá-la para que o Estado Nacional decida se vai cumprir ou não, porque nós temos exemplo de que o protocolo de Kyoto, que foi assinado a tanto tempo atrás, até hoje não foi cumprido por muitos países", disse.

O presidente eleito destacou ainda que a Organização das Nações Unidas (ONU) "não pode continuar sendo a mesma de 1948". "O mundo mudou, a geopolítica mudou" disse, afirmando que o conselho de segurança da organização precisa ter "mais gente representando todos os continentes".

"Precisa acabar com a ideia de que um país pode ter o direito de veto, ninguém é superior a ninguém, independente da sua riqueza, independente do seu poder bélico", disse, durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro português, António Costa, em Lisboa.

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